segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
DIA MUNDIAL DA LUTA CONTRA A SIDA
39.5 Milhões de infectados em todo o mundo.
Vinte e cinco anos depois de detectado o primeiro caso, a Sida já matou mais de 25 milhões de pessoas em todo o mundo.
Em Portugal, há cerca de 30 mil pessoas identificadas com o vírus HIV, mas estima-se que o número de casos existentes seja muito superior aos dados oficiais.
Amílcar Soares foi infectado em 1986, tinha então 20 anos. Passados quatro anos teve a coragem de dar a cara pelos doentes mas pagou o preço: foi despedido. Um desvinculamento que ocorreu, não no local de trabalho, como seria de esperar, mas na sua casa.
Metade dos infectados em Portugal é heterossexual.
António Variações (3 de Dezembro de 1944 - 13 de Junho de 1984), morre a 13 de Junho de 1984, vítima de uma broncopneumonia, ligada à sida, sendo uma das primeiras figuras públicas portuguesas (e praticamente a única até hoje) a morrer vítima desta doença, embora a família sempre tenha negado o facto.
Tu estas só e eu mais só estou
Tu que tens o meu olhar
Tens a minha mao aberta
À espera de se fechar
Nessa tua mao deserta
Vem que o amor
Nao é o tempo
Nem é o tempo
Que o faz
Vem que o amor
É o momento
Em que eu me dou
Em que te das
Não comente. Faça antes um minuto de silêncio por aqueles que morreram vítimas desta doença.
In SOL
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
"Política" de vão-de-escada
Se a política caseira é indigesta, já a política de café e de vão-de-escada se está a tornar, a cada passo, mais intragável.
Trata-se da eterna lógica entre predadores e vítimas, cujos contornos, mais parecem retirados de um qualquer conto ficcionado da literatura de segunda escolha.
De facto, certa “política” que hoje se vai fazendo à nossa volta, funciona como balão de oxigénio para aqueles que, à sombra da sua própria insignificância, tentam, a todo o custo, ser objecto de observação.
As dores da inveja, do ciúme e da maledicência são tão agudas que nada lhes serve de apoio nem de amparo para, nem que por instantes, reflectirem sobre o mal que causam em seu redor.
Enfim...
Trata-se da eterna lógica entre predadores e vítimas, cujos contornos, mais parecem retirados de um qualquer conto ficcionado da literatura de segunda escolha.
De facto, certa “política” que hoje se vai fazendo à nossa volta, funciona como balão de oxigénio para aqueles que, à sombra da sua própria insignificância, tentam, a todo o custo, ser objecto de observação.
As dores da inveja, do ciúme e da maledicência são tão agudas que nada lhes serve de apoio nem de amparo para, nem que por instantes, reflectirem sobre o mal que causam em seu redor.
Enfim...
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Tolerância e Autocrítica
Em tudo, como na vida, a razão mede-se pela força e qualidade das ideias, e não pelo insulto fácil a quem não pensa como nós...
Desse modo, a força de um partido mede-se pela capacidade de convencer as pessoas a votar nos seus projectos, principalmente quando têm ideias diferentes ou estão indecisas...
Por isso, caso afrontemos, à partida, malcriadamente e desavergonhadamente quem não pensa como nós, será extremamente difícil recrutar uma qualquer pessoa para a nossa causa...
Uma terra, uma região, um país, não é um partido, uma ideia, um projecto, uma coutada...
Uma terra, uma região, um país, é um sistema complexo de interesses antagónicos que têm de ser conciliados.
Logo, jamais algum partido poderá governar para todos satisfazer ao mesmo tempo. Pode sim, interpretar as necessidades e desejos da maioria...
Mas existirão sempre minorias vencidas, que não podem ser ignoradas...
A democracia é uma coisa difícil...
Exige de nós mais... Tolerância e Autocrítica.
Talvez em ditadura fosse mais fácil. Mas não seria, certamente (tenho a certeza), tão bom...
Desse modo, a força de um partido mede-se pela capacidade de convencer as pessoas a votar nos seus projectos, principalmente quando têm ideias diferentes ou estão indecisas...
Por isso, caso afrontemos, à partida, malcriadamente e desavergonhadamente quem não pensa como nós, será extremamente difícil recrutar uma qualquer pessoa para a nossa causa...
Uma terra, uma região, um país, não é um partido, uma ideia, um projecto, uma coutada...
Uma terra, uma região, um país, é um sistema complexo de interesses antagónicos que têm de ser conciliados.
Logo, jamais algum partido poderá governar para todos satisfazer ao mesmo tempo. Pode sim, interpretar as necessidades e desejos da maioria...
Mas existirão sempre minorias vencidas, que não podem ser ignoradas...
A democracia é uma coisa difícil...
Exige de nós mais... Tolerância e Autocrítica.
Talvez em ditadura fosse mais fácil. Mas não seria, certamente (tenho a certeza), tão bom...
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Equacionar Estratégias - um desafio para os nossos tempos...
É hoje quase universalmente aceite, pelo menos nos meios mais técnicos e académicos, que nos encontramos numa época em que as análises macro e olhadas a uma escala mais ampla são, de facto, os grandes desafios que se colocam às cidades e ao território em geral.
Convirá então reflectir, sobre o significado de PLANEAMENTO ESTRATÉGICO e o modo como esse “exercício”, ao nível local e regional, pode constituir desafios e possíveis abordagens territoriais que contribuam para o crescimento saudável dos espaços que vivemos. No fundo, perceber que só com este tipo de abordagens se podem estabelecer princípios e valores de intervenção no território: identificar os pontos menos bons e desenvolver as potencialidades.
Nesse sentido, o processo de planeamento estratégico e o novo ciclo de desenvolvimento urbano emergente, deve apontar caminhos e estabelecer os princípios a seguir na organização do nosso território, quer seja na reabilitação, na criação de uma harmonia urbana, na problemática da integração, quer seja na ocupação selectiva e prudente dos vazios urbanos, na democratização do espaço público e, porque não, no cosmopolitismo.
Como se sabe, e convirá referir, os planos não são intemporais. É necessária uma atenção permanentemente aos ciclos civilizacionais bem como às mutações do território e da estrutura social.
Por isso, a cada momento, é necessário pensar, reflectir, discutir, criar desígnios comuns de desenvolvimento. Saber para onde queremos ir. Perceber para onde vamos…
No entanto, é fundamental a participação de todos os agentes. A definição de um bom plano estratégico será aquele que resultar de um diálogo e de um processo participativo dos agentes sociais, económicos e culturais. O processo participativo é, portanto, prioritário no que diz respeito à definição de conteúdos, na medida em que, desse processo, dependerá a viabilidade dos objectivos e actuações que se proponham para as nossas terras. Só assim se poderão recolher e unificar diagnósticos bem como estabelecer marcos coerentes para uma mobilização e uma cooperação de todos os agentes da cidade.
Entretanto, será fundamental uma clarificação: o resultado de um plano estratégico não deverá ser uma norma, nem tão pouco um regulamento. Deverá ser, se assim quisermos, uma espécie de instrumento ou contrato político entre as instituições públicas e a sociedade civil.
Acima de tudo porque o mundo mudou. E temos de perceber estas novas dinâmicas.
Sabemos por isso que temos de definir renovados modelos de desenvolvimento.
Há 10/15 anos por exemplo, víamo-nos confrontados com uma fortíssima pressão urbanística, que fez o território crescer, algumas das vezes, com menor qualidade.
Hoje, as coisas são diferentes. Diferentes porque as pessoas evoluíram e hoje exigem mais qualidade. Exigem espaços mais qualificados.
Hoje, exige-se um território Revitalizado. Um território capaz de valorizar as suas potencialidades. Capaz de criar novas oportunidades. Um território mais competitivo.
Por isso, enquanto cidadãos, não devemos pois resignar-nos à crítica pela crítica. Devemos, sim, ter uma atitude proactiva contribuindo, à maneira de cada um, para a definição dos desígnios e filosofias de desenvolvimento do nosso território.
É por aí que, do meu ponto de vista, temos de prosseguir.
Devemos então discutir o ambiente urbano. Aquilo que nos rodeia. O espaço em que vivemos e trabalhamos. Devemos pensar no património. Na mobilidade e transportes. Nos equipamentos. No uso do solo. Na vivência urbana. No principio da democratização do território. No estimulo da comunicação entre os cidadãos.
Nem que seja por uma questão de... Cidadania.
Convirá então reflectir, sobre o significado de PLANEAMENTO ESTRATÉGICO e o modo como esse “exercício”, ao nível local e regional, pode constituir desafios e possíveis abordagens territoriais que contribuam para o crescimento saudável dos espaços que vivemos. No fundo, perceber que só com este tipo de abordagens se podem estabelecer princípios e valores de intervenção no território: identificar os pontos menos bons e desenvolver as potencialidades.
Nesse sentido, o processo de planeamento estratégico e o novo ciclo de desenvolvimento urbano emergente, deve apontar caminhos e estabelecer os princípios a seguir na organização do nosso território, quer seja na reabilitação, na criação de uma harmonia urbana, na problemática da integração, quer seja na ocupação selectiva e prudente dos vazios urbanos, na democratização do espaço público e, porque não, no cosmopolitismo.
Como se sabe, e convirá referir, os planos não são intemporais. É necessária uma atenção permanentemente aos ciclos civilizacionais bem como às mutações do território e da estrutura social.
Por isso, a cada momento, é necessário pensar, reflectir, discutir, criar desígnios comuns de desenvolvimento. Saber para onde queremos ir. Perceber para onde vamos…
No entanto, é fundamental a participação de todos os agentes. A definição de um bom plano estratégico será aquele que resultar de um diálogo e de um processo participativo dos agentes sociais, económicos e culturais. O processo participativo é, portanto, prioritário no que diz respeito à definição de conteúdos, na medida em que, desse processo, dependerá a viabilidade dos objectivos e actuações que se proponham para as nossas terras. Só assim se poderão recolher e unificar diagnósticos bem como estabelecer marcos coerentes para uma mobilização e uma cooperação de todos os agentes da cidade.
Entretanto, será fundamental uma clarificação: o resultado de um plano estratégico não deverá ser uma norma, nem tão pouco um regulamento. Deverá ser, se assim quisermos, uma espécie de instrumento ou contrato político entre as instituições públicas e a sociedade civil.
Acima de tudo porque o mundo mudou. E temos de perceber estas novas dinâmicas.
Sabemos por isso que temos de definir renovados modelos de desenvolvimento.
Há 10/15 anos por exemplo, víamo-nos confrontados com uma fortíssima pressão urbanística, que fez o território crescer, algumas das vezes, com menor qualidade.
Hoje, as coisas são diferentes. Diferentes porque as pessoas evoluíram e hoje exigem mais qualidade. Exigem espaços mais qualificados.
Hoje, exige-se um território Revitalizado. Um território capaz de valorizar as suas potencialidades. Capaz de criar novas oportunidades. Um território mais competitivo.
Por isso, enquanto cidadãos, não devemos pois resignar-nos à crítica pela crítica. Devemos, sim, ter uma atitude proactiva contribuindo, à maneira de cada um, para a definição dos desígnios e filosofias de desenvolvimento do nosso território.
É por aí que, do meu ponto de vista, temos de prosseguir.
Devemos então discutir o ambiente urbano. Aquilo que nos rodeia. O espaço em que vivemos e trabalhamos. Devemos pensar no património. Na mobilidade e transportes. Nos equipamentos. No uso do solo. Na vivência urbana. No principio da democratização do território. No estimulo da comunicação entre os cidadãos.
Nem que seja por uma questão de... Cidadania.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Novas Disposições Normativas para a construção de Rotundas
É evidente o número crescente de rotundas por todo país. Uma boa solução para aumentar a segurança rodoviária, mas que não dispõe de regras formais de apoio ao seu dimensionamento.
Sabe-se, entretanto, que tal situação irá mudar, a breve prazo, com a entrada em vigor do Projecto – Disposições Normativas para Dimensionamento de Rotundas (concepção geométrica e cálculo de capacidades).
O documento técnico é da autoria de uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), elaborado por solicitação da EP – Estradas de Portugal, e vai ser editado pelo Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias (InIR), passando assim a ser obrigatório o cumprimento de um conjunto de requisitos na concepção de rotundas.
Ficamos a aguardar o documento final...
Sabe-se, entretanto, que tal situação irá mudar, a breve prazo, com a entrada em vigor do Projecto – Disposições Normativas para Dimensionamento de Rotundas (concepção geométrica e cálculo de capacidades).
O documento técnico é da autoria de uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), elaborado por solicitação da EP – Estradas de Portugal, e vai ser editado pelo Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias (InIR), passando assim a ser obrigatório o cumprimento de um conjunto de requisitos na concepção de rotundas.
Ficamos a aguardar o documento final...
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Nobel da Paz - 2009
Barack Obama
"...é possível que comece a dizer-se que o Prémio Nobel da Paz foi prematuro, mas não o é se o tomarmos como um investimento".
José Saramago
"...É um prémio absolutamente merecido (...) Ele é um grande humanista e uma grande figura moral do nosso tempo, talvez a maior de todas..."
O Presidente norte-americano distinguiu-se por ter "...a capacidade de perceber que não é pela violência que se resolvem os conflitos, mas sim pelo diálogo, pela paz, pela tolerância, pelo bom entendimento entre as pessoas."
Mário Soares
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Indícios III
sábado, 26 de setembro de 2009
Ecos da Conferência: Uma Visão Estratégica Sobre Lourosa
(...)
Santa Maria da Feira: Lourosa “do futuro” prevê equipamentos de lazer para as pedreiras
"Visão estratégica para o desenvolvimento da cidade lança ideias e pontes para os empreendedores privados. Construção de “showroom da cortiça” é outra das propostas.
As pedreiras abandonadas de Lourosa ocuparam lugar de destaque no debate sobre o futuro desta cidade do concelho de Santa Maria da Feira, levado a cabo, por iniciativa da Câmara Municipal, na noite de anteontem.
Segundo o arquitecto Pedro Castro Silva, da Divisão do Planeamento da autarquia - que respondia a uma questão sobre o assunto colocada por António Cardoso, docente e candidato do PS à presidência da Assembleia Municipal –, nas duas antigas pedreiras poderão nascer “equipamentos ludico-desportivos”.
Em concreto, este técnico enumerou um parque de merendas, um parque radical “e eventualmente uma escola de ténis”. Para ressalvar, no final, que “são só ideias que vão surgindo”, ainda dependentes do prévio tratamento do “passivo ambiental” que as pedreiras representam.
Recorde-se que, em recente reunião do Executivo municipal, foi aprovada, por unanimidade, a compra das pedreiras de Lourosa por 100 mil euros, a pagar faseadamente. E que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) é parceira da edilidade no processo de compra e de requalificação ambiental dos terrenos envolvidos, havendo, ainda, uma candidatura – visando este projecto - ao QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional)".
(...)
In Diário de Aveiro, edição de 26/09/2009
U2 em Coimbra: Outubro de 2010
Depois de Alvalade, os U2 vão voltar a Portugal no próximo ano, para se estrearem em Coimbra no dia 2 de Outubro de 2010, no Estádio Cidade de Coimbra.(*)
A banda constituída por Bono, The Edge, Adam Clayton e Larry Muller, que em 2005 foram condecorados pelo então Presidente da República Jorge Sampaio com a Ordem da Liberdade, vem a Portugal promover o novo álbum, No line on the horizon.
Ainda em 2010, mas ainda sem confirmação definitiva (Bono já o admitiu), os U2 devem dar um concerto num local pouco usual: uma ponte. Para celebrar Istambul como capital europeia da cultura, a Turquia quer os U2 a tocar sobre a Ponte do Bósforo.
(*) Claro que lá estarei.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Conferência: Uma Visão Estratégica Sobre Lourosa
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Outras vistas
Vivemos o nosso quotidiano habituados a uma visão do território à nossa escala. Vamos percepcionando o espaço onde vivemos quando nos deslocamos a pé ou quando nos deslocamos de automóvel. Por vezes o avião também nos permite olhar para o solo de forma diferente.
Devo dizer que, apesar de não ser viciado em adrenalina, gosto bastante de emoções.
E parecendo que não... a minha profissão, já proporciona, por vezes, fortes emoções. Mas nada é comparado a andar de helicóptero.
Foi o que consegui “apurar” há cerca de 4 anos quando tive o privilégio de sobrevoar o concelho de Santa Maria da Feira, para um (re)conhecimento territorial.
Além da surpresa que foi perceber a intensidade de “tráfego” que a toda a hora se verifica (é necessário obter autorizações permanentes para mudar de altitude, devido ao movimento de aparelhos comerciais, militares e civis que ocupam o espaço aéreo), posso assegurar-vos que a vista é fantástica. É uma coisa do outro mundo.
Ficamos a ver o território de forma diferente.
Como não podia deixar de ser, sobrevoei a nossa Vila de Caldas de S. Jorge.
Uma vista soberba...
É com uma dessas imagens que na altura consegui assegurar que vos deixo.
- “Um outro ponto de vista...”.
(Entretanto, a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, lançou o ATLAS de Santa Maria da Feira. Existem dezenas de imagens aéreas (actuais) do concelho - entre as quais, algumas de Caldas de S. Jorge - Vale a pena adquirir)
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Indícios
Podemos hoje dizer que Caldas de S. Jorge possui um projecto a médio e longo prazo?
A esse nível, “coisas” há que já foram feitas. E “coisas” há que estão pensadas…
No entanto, para a definição de uma visão estratégica e de múltiplas oportunidades para a renovação urbana de Caldas de S. Jorge, para o aumento da sua competitividade e para a sua afirmação no panorama regional, nacional e mesmo internacional (sobretudo ibérico) como um espaço de excelência ao nível do turismo e da especificidade da industria da puericultura, muitos caminhos ainda temos de trilhar.
O caminho a percorrer é longo e o horizonte temporal de muitas acções e projectos ainda não está traçado.
Mas existem “sinais” que podem significar indícios. Que foram, despretensiosamente, por aí deixados.
Queiram os agentes saber interpretá-los…
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Caso resolvido
Confesso que não percebo determinadas reacções, um pouco por toda a minha direita, à “liquidação” do Jornal Nacional da TVI, apresentado às Sextas pela MMG.
Foi, de facto, um verdadeiro hino ao bom senso que a Prisa proporcionou aos telespectadores portugueses.
Pensar que Sócrates deu ordem para sanear a suposta “jornalista” MMG a 20 dias das eleições, parece mais um guião de uma qualquer comédia em cena no Parque Mayer. Só pode.
Haverá, certamente, muito por onde criticar este governo. Mas a este nível, não creio ser, objectivamente, o caminho mais correcto.
Admitamos, por isso, que a Prisa tenha escolhido apostar na credibilidade da estação em alternativa à tentação de ceder ao poder das audiências.
Talvez o Mário Crespo tenha encontrado a colega ideal para a escrita dos seus artigos...
Foi, de facto, um verdadeiro hino ao bom senso que a Prisa proporcionou aos telespectadores portugueses.
Pensar que Sócrates deu ordem para sanear a suposta “jornalista” MMG a 20 dias das eleições, parece mais um guião de uma qualquer comédia em cena no Parque Mayer. Só pode.
Haverá, certamente, muito por onde criticar este governo. Mas a este nível, não creio ser, objectivamente, o caminho mais correcto.
Admitamos, por isso, que a Prisa tenha escolhido apostar na credibilidade da estação em alternativa à tentação de ceder ao poder das audiências.
Talvez o Mário Crespo tenha encontrado a colega ideal para a escrita dos seus artigos...
sábado, 29 de agosto de 2009
Manifesto da Ordem dos Arquitectos para as eleições legislativas 2009
"A Ordem dos Arquitectos elaborou e enviou a todos os Partidos, Coligações e Movimentos Políticos que concorrem às próximas Eleições Legislativas, o Manifesto Arquitectura em Portugal: Qualidade e Sustentabilidade do Ambiente Construído.
Na sequência do anterior Manifesto apresentado pela OA a propósito das recentes Eleições Europeias, este novo Manifesto decorre das orientações emanadas do Conselho de Arquitectos da Europa e das Conclusões do Conselho Europeu sobre a Arquitectura (2008/C 319/05), de Dezembro de 2008, assentando em 7 Propostas fundamentais:
* Implementar uma Política Pública de Arquitectura em Portugal;
* Criar e implementar a Marca "Arquitectura" em Portugal;
* Definir Critérios para a Encomenda Pública de Arquitectura em Portugal;
* Apostar no Património Arquitectónico e na Regeneração Arquitectónica e Urbana em Portugal;
* Promover a elaboração e implementação de um Código de Edificação e Construção em Portugal;
* Monitorizar e reequacionar as Qualificações para Obtenção do Título Profissional de Arquitecto em Portugal;
* Precisar o Interlocutor Governamental para a Arquitectura em Portugal.
Com estas 7 Propostas, a OA pretende sensibilizar os Partidos, Coligações e Movimentos Políticos portugueses para algumas questões que, na perspectiva dos arquitectos, são cruciais para o ambiente construído em Portugal, procurando que à melhoria das condições do exercício profissional dos arquitectos corresponda maior qualidade de vida dos cidadãos portugueses".
por OA
Na sequência do anterior Manifesto apresentado pela OA a propósito das recentes Eleições Europeias, este novo Manifesto decorre das orientações emanadas do Conselho de Arquitectos da Europa e das Conclusões do Conselho Europeu sobre a Arquitectura (2008/C 319/05), de Dezembro de 2008, assentando em 7 Propostas fundamentais:
* Implementar uma Política Pública de Arquitectura em Portugal;
* Criar e implementar a Marca "Arquitectura" em Portugal;
* Definir Critérios para a Encomenda Pública de Arquitectura em Portugal;
* Apostar no Património Arquitectónico e na Regeneração Arquitectónica e Urbana em Portugal;
* Promover a elaboração e implementação de um Código de Edificação e Construção em Portugal;
* Monitorizar e reequacionar as Qualificações para Obtenção do Título Profissional de Arquitecto em Portugal;
* Precisar o Interlocutor Governamental para a Arquitectura em Portugal.
Com estas 7 Propostas, a OA pretende sensibilizar os Partidos, Coligações e Movimentos Políticos portugueses para algumas questões que, na perspectiva dos arquitectos, são cruciais para o ambiente construído em Portugal, procurando que à melhoria das condições do exercício profissional dos arquitectos corresponda maior qualidade de vida dos cidadãos portugueses".
por OA
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
terça-feira, 25 de agosto de 2009
De regresso (de férias...)
Regressado de férias, não podia deixar de assinalar uma pequena e divertida “travessura” do meu amigo Shrek, publicada no blog (talvez) mais lido de Santa Maria da Feira - o KouzaseLouzas.
Teve piada.
"Como notícia de última hora, podemos dizer que o nosso estimado Caldinhas não vai ser candidato a “avariador” pelos xuxinhas!
Já como notícia de último trimestre, podemos afirmar que o nosso Caldinhas, já nessa altura, não era candidato a “avariador” xuxinha!
Mas foi convidado….após tão honroso convite, prometeu que iria ponderar e aconselhar-se com os mais próximos. Ao pedir conselho ao seu pesado amigo “peso-pesado”, ficou definitivamente a perceber que de facto à amizades de imenso peso.
Pelo que se consta, o nosso “avariador” deu um forte e apertadinho abraço ao nosso Caldinhas e este ficou literalmente esmagado e sem fôlego para pronunciar uma palavra que fosse a respeito do assunto….e o nosso Alcaide pensou, erradamente, que a resposta era negativa… que era, mas não chegou a ser proferida".
In http://www.kouzaselouzas.blogspot.com/ , em 14 de Agosto de 2009
Teve piada.
"Como notícia de última hora, podemos dizer que o nosso estimado Caldinhas não vai ser candidato a “avariador” pelos xuxinhas!
Já como notícia de último trimestre, podemos afirmar que o nosso Caldinhas, já nessa altura, não era candidato a “avariador” xuxinha!
Mas foi convidado….após tão honroso convite, prometeu que iria ponderar e aconselhar-se com os mais próximos. Ao pedir conselho ao seu pesado amigo “peso-pesado”, ficou definitivamente a perceber que de facto à amizades de imenso peso.
Pelo que se consta, o nosso “avariador” deu um forte e apertadinho abraço ao nosso Caldinhas e este ficou literalmente esmagado e sem fôlego para pronunciar uma palavra que fosse a respeito do assunto….e o nosso Alcaide pensou, erradamente, que a resposta era negativa… que era, mas não chegou a ser proferida".
In http://www.kouzaselouzas.blogspot.com/ , em 14 de Agosto de 2009
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Ouro Olímpico de Carlos Lopes foi há 25 anos
Naquela longa madrugada de 1984, entraria para a história do desporto português e mundial, a vitória de Carlos Lopes na Maratona dos Jogos Olímpicos de Los Angeles.
Lembro-me, em frente ao televisor, de uma noite de facto memorável.
Saiba o país (re)lembrar-se da sua história...
Lei 31/2009, de 3 de Julho
Passou pouco mais de um mês. A 3 de Julho passado, no mesmo dia em que era celebrado o 11.º aniversário da Ordem dos Arquitectos, foi publicado em Diário da República a Lei n.º 31/2009, que revoga o Decreto 73/73 e que abre, objectivamente, um novo quadro de qualificação profissional para a elaboração e subscrição de projectos, para a apreciação de projectos e para a fiscalização de obras.
O famoso Decreto 73/73, agora revogado pela nova Lei, permitia que, desde 1973, os projectos de arquitectura pudessem ser elaborados e subscritos por indivíduos não qualificados para o efeito.
Embora pessoalmente, nunca fizesse desta Lei uma “última batalha”, a verdade é que, temos de reconhecer, havia algo a fazer para inverter a tendência do país estar a “produzir” edifícios com reduzida qualidade arquitectónica e a “criar” cidades mal estruturadas.
Com esta nova Lei, consagra-se definitivamente a arquitectura para arquitectos. Estamos perante um momento histórico que “refunda” a vida dos arquitectos portugueses e, em simultâneo, damos um passo importante para o pleno reconhecimento da arquitectura como o direito dos cidadãos a um melhor ambiente construído.
Como não poderia deixar de ser, aos arquitectos e só aos arquitectos cumpre fazer e assinar projectos de arquitectura, tanto de obras particulares como de obras públicas.
Provavelmente não passaremos do inferno ao paraíso.
Mas que a imagem do país vai melhorar, disso não tenho qualquer dúvida.
A Lei 31/2009 entra em vigor no próximo dia 1 de Novembro.
(PNCS, membro da Ordem dos Arquitectos)
quarta-feira, 29 de julho de 2009
A (des)credibilização da política
A política está em baixa. De facto, nos últimos anos, tem vindo a ser desenvolvida a ideia de que ser político é mau e o que seria necessário era o aparecimento de pessoas técnica, política e socialmente competentes. Diz-se até, por alguns círculos, que a actividade política (partidária) começa a ficar "muito ao nível do assalto à mão armada".
Se, ao nível mais alto da política portuguesa, a tecnocracia está a invadir a área presidencial (veja-se que sendo o Presidente da República um cargo eminentemente político, já se fala que ainda bem que o Presidente percebe de economia), à medida que vamos descendo o patamar dos cargos políticos a coisa vai-se “ajustando”... para pior.
A permanente “disponibilidade dos mesmos… de sempre” continua omnipresente. Ele é uma candidatura a um qualquer lugar de Bruxelas, ele é a candidatura a uma qualquer câmara do país, ele é o “esforço” de fazer o favor de se sentar na Assembleia da República por mais quatro anos. Se não for num, pelo menos que haja a garantia de que se é “encaixado” no outro.
Já ao nível local, a coisa, embora a outro nível, também não deixa de ter o seu “quê” de “interessante”(?).
Se outrora para se ser candidato a uma qualquer câmara municipal ou junta de freguesia, havia que demonstrar, junto da dita sociedade civil, a bondade profissional e social de cada indivíduo, agora, a falta desses predicados não significa o não aparecimento de gente cuja experiência se resume a pouco mais que nada (mas que de tudo julga saber)…
Claro está que alguns dirão “…as portas sempre estiveram abertas… porque só agora… quem pode não se quer aborrecer e expôr… a democracia não escolhe idade, credo, cor, profissão…”, e por aí fora.
Tenho sobre isso, uma opinião clara. Provavelmente haverá que a não compreenda. Mas é a minha opinião. Fazer política é, fundamentalmente pensar. Falar. Quanto mais se está nas hierarquias políticas dos órgãos, menos se deveria ter uma atitude de gestão da carreira e de aparelho partidário, e muito maior deveria ser a atitude política e retórica do indivíduo.
Fazer política é também tomar decisões, mas não deve ser fazer contas. Se calhar, nem sequer é explicar contas. A responsabilidade é outra.
Fazer política é, por isso, saber ouvir, tomar decisões, escolher os melhores intervenientes e saber explicar. Falar. Demonstrar razão. Razão política. Apontar desígnios estratégicos de desenvolvimento.
Mas, nos últimos tempos, anda tudo trocado. Tudo se questiona. Com e sem argumentos (quase sempre).
Aliás, a falta de argumentos, as inverdades, a falta de vergonha e por vezes a calúnia são as características mais visíveis nos meios que se dizem políticos.
Mas continuo a afirmar que não pode valer tudo. As invejas, as “trocas”, o dito pelo não dito, o aproveitamento e apropriamento indevido de algo são coisas muito feias…
É por isso que as pessoas se afastam. É por isso que cada vez mais a abstenção se torna no destino mais provável do voto de muitos portugueses.
Porque muitos dos “políticos” que hoje despontam, não conseguem falar. Porque além de não terem aprendido a ser (bons) políticos, não são sequer bons técnicos.
São, entretanto, indivíduos que vamos ter que ir aguentando. Com ou sem razão!
(Post Scriptum: Post não direccionado. Apenas o pensamento de alguém que… anda por aí…)
Se, ao nível mais alto da política portuguesa, a tecnocracia está a invadir a área presidencial (veja-se que sendo o Presidente da República um cargo eminentemente político, já se fala que ainda bem que o Presidente percebe de economia), à medida que vamos descendo o patamar dos cargos políticos a coisa vai-se “ajustando”... para pior.
A permanente “disponibilidade dos mesmos… de sempre” continua omnipresente. Ele é uma candidatura a um qualquer lugar de Bruxelas, ele é a candidatura a uma qualquer câmara do país, ele é o “esforço” de fazer o favor de se sentar na Assembleia da República por mais quatro anos. Se não for num, pelo menos que haja a garantia de que se é “encaixado” no outro.
Já ao nível local, a coisa, embora a outro nível, também não deixa de ter o seu “quê” de “interessante”(?).
Se outrora para se ser candidato a uma qualquer câmara municipal ou junta de freguesia, havia que demonstrar, junto da dita sociedade civil, a bondade profissional e social de cada indivíduo, agora, a falta desses predicados não significa o não aparecimento de gente cuja experiência se resume a pouco mais que nada (mas que de tudo julga saber)…
Claro está que alguns dirão “…as portas sempre estiveram abertas… porque só agora… quem pode não se quer aborrecer e expôr… a democracia não escolhe idade, credo, cor, profissão…”, e por aí fora.
Tenho sobre isso, uma opinião clara. Provavelmente haverá que a não compreenda. Mas é a minha opinião. Fazer política é, fundamentalmente pensar. Falar. Quanto mais se está nas hierarquias políticas dos órgãos, menos se deveria ter uma atitude de gestão da carreira e de aparelho partidário, e muito maior deveria ser a atitude política e retórica do indivíduo.
Fazer política é também tomar decisões, mas não deve ser fazer contas. Se calhar, nem sequer é explicar contas. A responsabilidade é outra.
Fazer política é, por isso, saber ouvir, tomar decisões, escolher os melhores intervenientes e saber explicar. Falar. Demonstrar razão. Razão política. Apontar desígnios estratégicos de desenvolvimento.
Mas, nos últimos tempos, anda tudo trocado. Tudo se questiona. Com e sem argumentos (quase sempre).
Aliás, a falta de argumentos, as inverdades, a falta de vergonha e por vezes a calúnia são as características mais visíveis nos meios que se dizem políticos.
Mas continuo a afirmar que não pode valer tudo. As invejas, as “trocas”, o dito pelo não dito, o aproveitamento e apropriamento indevido de algo são coisas muito feias…
É por isso que as pessoas se afastam. É por isso que cada vez mais a abstenção se torna no destino mais provável do voto de muitos portugueses.
Porque muitos dos “políticos” que hoje despontam, não conseguem falar. Porque além de não terem aprendido a ser (bons) políticos, não são sequer bons técnicos.
São, entretanto, indivíduos que vamos ter que ir aguentando. Com ou sem razão!
(Post Scriptum: Post não direccionado. Apenas o pensamento de alguém que… anda por aí…)
quarta-feira, 15 de julho de 2009
104.7fm
Programa "O nosso café nas Caldas de S. Jorge"
Terça-Feira, 14 de Julho de 2009
13h30
(...)
“A vila termal tem “características únicas, como centralidade do concelho de Santa Maria da Feira”.
"A convicção é manifestada pelo arquitecto Pedro Silva, caldense de gema, e convidado da RCF na rúbrica “O Nosso Café”, transmitido esta terça-feira da Cervejaria Nóbrega.
A partir de um espaço com história, já com mais de 30 anos de existência, Pedro Silva realçou a importância de fixar as pessoas que visitam a vila termal, nomeadamente os aquistas, que preferem as Termas de S. Jorge.
Através da Rádio Clube da Feira, o referido arquitecto fez uma comparação curiosa, em relação à sua terra. De forma a potenciar a zona envolvente das Termas de S. Jorge e do Rio Uíma, Pedro Silva enfatiza a importância do investimento privado. Como profissional da área da arquitectura há ambições para concretizar O derradeiro desafio colocado ao convidado foi descrever a vila termal em quinze segundos”.
(...)
In http://www.radioclubedafeira.pt
Terça-Feira, 14 de Julho de 2009
13h30
(...)
“A vila termal tem “características únicas, como centralidade do concelho de Santa Maria da Feira”.
"A convicção é manifestada pelo arquitecto Pedro Silva, caldense de gema, e convidado da RCF na rúbrica “O Nosso Café”, transmitido esta terça-feira da Cervejaria Nóbrega.
A partir de um espaço com história, já com mais de 30 anos de existência, Pedro Silva realçou a importância de fixar as pessoas que visitam a vila termal, nomeadamente os aquistas, que preferem as Termas de S. Jorge.
Através da Rádio Clube da Feira, o referido arquitecto fez uma comparação curiosa, em relação à sua terra. De forma a potenciar a zona envolvente das Termas de S. Jorge e do Rio Uíma, Pedro Silva enfatiza a importância do investimento privado. Como profissional da área da arquitectura há ambições para concretizar O derradeiro desafio colocado ao convidado foi descrever a vila termal em quinze segundos”.
(...)
In http://www.radioclubedafeira.pt
segunda-feira, 6 de julho de 2009
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Traços
quinta-feira, 28 de maio de 2009
"Modelo ... Social"
Os recentes episódios de violência ocorridos no Bairro da Bela Vista, levaram a que, um pouco por todo o país, se produzissem considerações sobre a falência do modelo urbanístico dos “bairros sociais”.
Nesse sentido, é interessante reflectir sobre a ideia de uma hipotética (co)relação entre urbanismo e criminalidade que, recorrentemente, é trazida a debate por alguns sectores da opinião e da comunicação social.
Não nego que o ambiente construído, pode ter influência em certos tipos de comportamento social, especialmente nos grandes centros urbanos, onde a “impessoalidade” é factor dominante.
Por outro lado, quando se fala em falência do modelo urbanístico enquanto influenciador de fenómenos de criminalidade, de insegurança, de exclusão ou de segregação social, está a induzir-se que existirá um outro modelo alternativo e esplendido que os poderá combater e eliminar.
No fundo, trata-se de reforçar a ideia de que o Urbanismo é o fiel representante da filosofia do Estado e das Autarquias sobre as acções na área social.
No entanto, o que está em causa são questões de outra natureza. O que está em causa nestes fenómenos de criminalidade e de segregação social são conceitos de fundo, de natureza ideológica, que surgem desde há muitas décadas no “nosso” modelo político e que ninguém tem a ousadia de questionar.
De facto, a verdade é que o Urbanismo, enquanto modelo urbano ou espaço físico de uma cidade, não funciona sem as verdadeiras realidades socio-económicas que o envolvem. Temo até que não exista “modelo” que resista gravitando em torno da falta de emprego, da pouca educação social, da debilidade económica, da desagregação do suporte familiar, do desinteresse escolar, da fraca cultura de cidadania e da deficiente vida em comunidade.
No fundo, e por muito bom que seja, não é o Urbanismo, enquanto modelo físico da cidade, que pode resolver os problemas da sociedade, principalmente os problemas relacionados com a pobreza de espírito e com a pobreza imaterial.
Infelizmente (embora com muitas críticas - que as há!!!), o que faliu, não foi o tal modelo urbanístico enquanto espaço físico.
O que parece ter falido é o modelo social e a permanente desresponsabilização dos que se dizem necessitados e desprotegidos.
O que parece estar a falir é uma certa apetência para se condescender com a cultura de violência e de criminalidade que parece fazer parte do “código genético” de alguns grupos de “jovens” ou de gang’s.
O que irá falir é a insistência em sermos complacentes com certos indivíduos que lideram grupos étnicos que só aceitam receber “certos direitos” e não querem saber dos seus “deveres”.
O que decididamente faliu, foi este nosso “nacional porreirismo” que continua a promover aqueles que se julgam mais “espertos” do que os outros...
Por isso, temos hoje pela frente, um trabalho titânico a fazer, no sentido de promover uma verdadeira cultura comunitária, uma cultura sociologicamente saudável. Principalmente nos meios mais difíceis.
Esse trabalho, deverá necessariamente, envolver as entidades públicas, os membros mais influentes dessas comunidades (responsabilizando-os), famílias, escola, acção social e polícia de proximidade.
É um trabalho longo. Infindável.
Seria importante, portanto, iniciá-lo...
- É assim que se constrói a “Cidade”!
Nesse sentido, é interessante reflectir sobre a ideia de uma hipotética (co)relação entre urbanismo e criminalidade que, recorrentemente, é trazida a debate por alguns sectores da opinião e da comunicação social.
Não nego que o ambiente construído, pode ter influência em certos tipos de comportamento social, especialmente nos grandes centros urbanos, onde a “impessoalidade” é factor dominante.
Por outro lado, quando se fala em falência do modelo urbanístico enquanto influenciador de fenómenos de criminalidade, de insegurança, de exclusão ou de segregação social, está a induzir-se que existirá um outro modelo alternativo e esplendido que os poderá combater e eliminar.
No fundo, trata-se de reforçar a ideia de que o Urbanismo é o fiel representante da filosofia do Estado e das Autarquias sobre as acções na área social.
No entanto, o que está em causa são questões de outra natureza. O que está em causa nestes fenómenos de criminalidade e de segregação social são conceitos de fundo, de natureza ideológica, que surgem desde há muitas décadas no “nosso” modelo político e que ninguém tem a ousadia de questionar.
De facto, a verdade é que o Urbanismo, enquanto modelo urbano ou espaço físico de uma cidade, não funciona sem as verdadeiras realidades socio-económicas que o envolvem. Temo até que não exista “modelo” que resista gravitando em torno da falta de emprego, da pouca educação social, da debilidade económica, da desagregação do suporte familiar, do desinteresse escolar, da fraca cultura de cidadania e da deficiente vida em comunidade.
No fundo, e por muito bom que seja, não é o Urbanismo, enquanto modelo físico da cidade, que pode resolver os problemas da sociedade, principalmente os problemas relacionados com a pobreza de espírito e com a pobreza imaterial.
Infelizmente (embora com muitas críticas - que as há!!!), o que faliu, não foi o tal modelo urbanístico enquanto espaço físico.
O que parece ter falido é o modelo social e a permanente desresponsabilização dos que se dizem necessitados e desprotegidos.
O que parece estar a falir é uma certa apetência para se condescender com a cultura de violência e de criminalidade que parece fazer parte do “código genético” de alguns grupos de “jovens” ou de gang’s.
O que irá falir é a insistência em sermos complacentes com certos indivíduos que lideram grupos étnicos que só aceitam receber “certos direitos” e não querem saber dos seus “deveres”.
O que decididamente faliu, foi este nosso “nacional porreirismo” que continua a promover aqueles que se julgam mais “espertos” do que os outros...
Por isso, temos hoje pela frente, um trabalho titânico a fazer, no sentido de promover uma verdadeira cultura comunitária, uma cultura sociologicamente saudável. Principalmente nos meios mais difíceis.
Esse trabalho, deverá necessariamente, envolver as entidades públicas, os membros mais influentes dessas comunidades (responsabilizando-os), famílias, escola, acção social e polícia de proximidade.
É um trabalho longo. Infindável.
Seria importante, portanto, iniciá-lo...
- É assim que se constrói a “Cidade”!
quinta-feira, 14 de maio de 2009
"Passagens"
Comentário de Luiz Carlos Prates no Jornal do Almoço de SC no dia 20/04/2009 sobre o escândalo que atingiu o Congresso Brasileiro, relativo ao abuso na utilização de cotas de passagens aéreas pelos parlamentares.
domingo, 10 de maio de 2009
sábado, 2 de maio de 2009
Abril: foi há 35 Anos!
Um certo tipo de gente que vai participando em algumas iniciativas organizadas pelo país mostrou, nos festejos do 1.º de Maio, a sua verdadeira cultura democrática.
A agressões de que foi alvo Vital Moreira provam que, por muito se comemore o 25 de Abril ou o Dia do Trabalhador, ainda existem por aí muitos indivíduos que não percebem o que é viver em democracia.
Trinta e cinco anos ainda não chegaram para assimilar uma regra fundamental: o respeito pelas outras pessoas que têm opiniões e posições políticas diferentes.
Como é obvio, não foram as organizações do PCP e da CGTP os responsáveis pelas agressões e incidentes de Lisboa. Terão sido indivíduos com responsabilidade individual que agiram na sombra do grupo de manifestantes.
No entanto, tais acontecimentos devem ser motivo de uma séria reflexão em certos e determinados quadrantes políticos que, progressivamente, vão assumindo e enfatizando uma “indutora” linha de discurso que resvala para a provocação.
Em todo o caso, este não deve ser caso para o PS (ou outro partido) fazer qualquer aproveitamento político.
Mas também não será caso para dizer, como refere Carvalho da Silva, que estas situações acontecem por existirem pessoas em grande sofrimento pessoal.
É melhor não irmos por aí...
sábado, 25 de abril de 2009
25 de Abril
quinta-feira, 23 de abril de 2009
“Boa noite. Eu sou MMG – Parte III”
Na sequência da entrevista de José Sócrates à RTP1, transmitida na passada Terça-Feira, a jornalista Manuela Moura Guedes anunciou que irá processar o Primeiro-Ministro por difamação.
Nessa entrevista, Sócrates referiu-se ao telejornal das 20h de Sexta-Feira na TVI, apresentado por MMG como sendo “travestido” e feito “de ódio e perseguição”. “Aquilo não é um telejornal, é uma caça ao homem”, afirmou Sócrates.
Para a jornalista, estas frases demonstram "que a pessoa que exerce o cargo de primeiro-ministro lida muito mal com a liberdade de informação".
Ainda nessa sequência, pelos vistos, o director da TVI e marido da jornalista (coincidência), José Eduardo Moniz, também irá processar o Primeiro-Ministro.
Dizem os senhores da (des)informação que, sobre o caso Freeport, “a TVI só relatou factos e não inventou imagens, sons ou afirmações, que o país tem assistido com espanto".
Ora muito bem...
Lembram-se do que aqui eu escrevi há uns dias?
Nem mais... Sócrates não disse nada que eu (e muitos portugueses) já não tenhamos pensado.
Não é o caso Freeport que a mim, particularmente, me incomoda. O que me incomoda é o histerismo irritante da senhora MMG e o facto do referido telejornal ser quase exclusivamente dedicado ao Primeiro-Ministro (que por acaso é o Sócrates). De jornalismo aquilo não tem nada. Aliás, o tom depreciativo e brejeiro leva-me a pensar que existirá um indisfarsável ódio de estimação que a MMG nutre pelo Primeiro-ministro.
Que a Justiça funcione é o que todos necessitamos. Que a justiça seja feita pelos tribunais é o que desejamos.
Por isso, na ausência de provas claras e documentadas, que ninguém seja levianamente julgado à Sexta-Feira à noite, num qualquer televisor perto de si.
(Nota: Se, como diz MMG, o Primeiro-Ministro lida mal com a liberdade de expressão, já a referida jornalista parece lidar mal com a liberdade de opinião...)
Nessa entrevista, Sócrates referiu-se ao telejornal das 20h de Sexta-Feira na TVI, apresentado por MMG como sendo “travestido” e feito “de ódio e perseguição”. “Aquilo não é um telejornal, é uma caça ao homem”, afirmou Sócrates.
Para a jornalista, estas frases demonstram "que a pessoa que exerce o cargo de primeiro-ministro lida muito mal com a liberdade de informação".
Ainda nessa sequência, pelos vistos, o director da TVI e marido da jornalista (coincidência), José Eduardo Moniz, também irá processar o Primeiro-Ministro.
Dizem os senhores da (des)informação que, sobre o caso Freeport, “a TVI só relatou factos e não inventou imagens, sons ou afirmações, que o país tem assistido com espanto".
Ora muito bem...
Lembram-se do que aqui eu escrevi há uns dias?
Nem mais... Sócrates não disse nada que eu (e muitos portugueses) já não tenhamos pensado.
Não é o caso Freeport que a mim, particularmente, me incomoda. O que me incomoda é o histerismo irritante da senhora MMG e o facto do referido telejornal ser quase exclusivamente dedicado ao Primeiro-Ministro (que por acaso é o Sócrates). De jornalismo aquilo não tem nada. Aliás, o tom depreciativo e brejeiro leva-me a pensar que existirá um indisfarsável ódio de estimação que a MMG nutre pelo Primeiro-ministro.
Que a Justiça funcione é o que todos necessitamos. Que a justiça seja feita pelos tribunais é o que desejamos.
Por isso, na ausência de provas claras e documentadas, que ninguém seja levianamente julgado à Sexta-Feira à noite, num qualquer televisor perto de si.
(Nota: Se, como diz MMG, o Primeiro-Ministro lida mal com a liberdade de expressão, já a referida jornalista parece lidar mal com a liberdade de opinião...)
quarta-feira, 22 de abril de 2009
terça-feira, 21 de abril de 2009
segunda-feira, 20 de abril de 2009
domingo, 19 de abril de 2009
sábado, 18 de abril de 2009
sexta-feira, 17 de abril de 2009
quinta-feira, 16 de abril de 2009
quarta-feira, 15 de abril de 2009
terça-feira, 14 de abril de 2009
segunda-feira, 13 de abril de 2009
A minha "Play List"
Durante os próximos tempos, apresentarei as minhas músicas de sempre: o meu "top ten".
Numa primeira fase, os intérpretes internacionais. Depois as "10+ nacionais".
Numa primeira fase, os intérpretes internacionais. Depois as "10+ nacionais".
sexta-feira, 10 de abril de 2009
"Cromos" repetidos...
Aos poucos, começam a surgir os nomes que integrarão as candidaturas à eleição para o parlamento europeu.
Sem entrar em considerações sobre qualquer um dos cabeça-de-lista já conhecidos (Vital Moreira pelo PS, Ilda Figueiredo pela CDU, Miguel Portas pelo BE e Nuno Melo pelo CDS – o do PSD ainda não é conhecido) quero no entanto, referir, que começo a não ter poder de encaixe para a forma como, na generalidade, os partidos políticos tratam estas temáticas.
De facto, não entendo como é possível, a apresentação de nomes que, com se sabe, também serão candidatos à liderança de importantes municípios do país.
É como se houvesse a imperiosa necessidade de “garantir”, nem que seja em Bruxelas, um qualquer “palco” político para o “amigo ou amiga”.
Claro está que já nos vamos habituando ao paraquedismo de alguns que, certamente, nas próximas legislativas e autárquicas, farão desse “desporto” uma arte.
Mas, para quem tanto apregoa a limitação de mandatos e a paridade na constituição de listas, esta insistência nas “repetições” dos nomes é, no mínimo, muito estranha.
Para uma classe (dos políticos) cada vez mais descredibilizada, esta forma que os partidos encontram para “alinhar” sempre os mesmos é, diria até, inconcebível.
Post Scriptum: toda a gente sabe que a Elisa Ferreira faz mais falta ao Porto... e outros(as) que tais...
Sem entrar em considerações sobre qualquer um dos cabeça-de-lista já conhecidos (Vital Moreira pelo PS, Ilda Figueiredo pela CDU, Miguel Portas pelo BE e Nuno Melo pelo CDS – o do PSD ainda não é conhecido) quero no entanto, referir, que começo a não ter poder de encaixe para a forma como, na generalidade, os partidos políticos tratam estas temáticas.
De facto, não entendo como é possível, a apresentação de nomes que, com se sabe, também serão candidatos à liderança de importantes municípios do país.
É como se houvesse a imperiosa necessidade de “garantir”, nem que seja em Bruxelas, um qualquer “palco” político para o “amigo ou amiga”.
Claro está que já nos vamos habituando ao paraquedismo de alguns que, certamente, nas próximas legislativas e autárquicas, farão desse “desporto” uma arte.
Mas, para quem tanto apregoa a limitação de mandatos e a paridade na constituição de listas, esta insistência nas “repetições” dos nomes é, no mínimo, muito estranha.
Para uma classe (dos políticos) cada vez mais descredibilizada, esta forma que os partidos encontram para “alinhar” sempre os mesmos é, diria até, inconcebível.
Post Scriptum: toda a gente sabe que a Elisa Ferreira faz mais falta ao Porto... e outros(as) que tais...
quarta-feira, 8 de abril de 2009
SUPER PORTO
"A história também pode ser escrita aos quadradinhos, em álbuns de banda desenhada que costumam destacar super-heróis e as suas façanhas numa luta dos bons contra os maus talhada para finais felizes. O que se passou esta terça-feira em Old Trafford foi uma aventura de um grupo fantástico. E quando os ingleses falavam em Hulk, a Marvel ganhou mais 13 nomes para o seu portfolio de imortais. Em casa do campeão da Europa e do Mundo, o F.C. Porto foi absolutamente… incrível".
in www.fcporto.pt
Manchester United 2 - FC Porto 2
sábado, 4 de abril de 2009
"Apontamentos" sobre o WORKSHOP de planeamento urbanístico
“Um olhar para o futuro – Caldas de S. Jorge”
Caldas de S. Jorge, de 30 de Março a 2 de Abril
Apresentação das conclusões: 2 Abril
Participação:
- Instituto Superior Técnico de Lisboa
- Universidade de Mimar Sinan e das Belas Artes de Istambul
- Câmara Municipal de Santa Maria da Feira (Divisão de Planeamento)
Átrium das Termas de S. Jorge, 21 horas do dia 2 de Abril. Noite fria (como quase todas as noites desta terra com um específico microclima). A sala cheia… de gente… de calor humano.
Também é destes encontros, de extrema importância para nós, profissionais ligados ao planeamento urbano e à arquitectura, que podem resultar novos desafios e novos pontos de vista. Através destas iniciativas podemos partilhar experiências, filosofias, métodos de abordagem em relação aos trabalhos que nos surgem diariamente.
Por vezes, é fundamental que cada um de nós possa parar, para eventualmente repensar formas ou estratégias de abordagem à problemática do espaço urbano.
È importante poder reflectir em conjunto com pessoas de outras paragens, que nos trazem diferenciadas experiências de abordagem à construção do espaço público.
Como venho defendendo há muito tempo, as cidades, nascem, crescem, declinam e morrem quando lhes faltam os recursos que as mantêm vivas e, acima de tudo, quando não possuem um projecto de vida próprio.
E é esse projecto de vida das nossas vilas e cidades que importa, debater, no sentido de se encontrarem melhores soluções para a definição de uma filosofia de desenvolvimento e para o reforço da identidade do nosso território.
É evidente que já tínhamos, e temos algumas ideias para Caldas de S. Jorge, como temos para outros locais do concelho.
Defendo no entanto, que o processo de planeamento deve ser participado. Por isso se realizou esta iniciativa, por isso se convocou a população a estar presente.
Como dizia o meu amigo Costa Lobo, não há que ter receio em obter outros pontos de partida. Acrescentaria eu que não há que ter receio em elevar e democratizar a discussão em torno destas problemáticas do planeamento, do ambiente, da ecologia, do turismo, da coexistência da indústria no espaço urbano. É disso que se trata quando se realizam estas iniciativas.
Queremos criar uma identidade de Caldas de S. Jorge ainda mais forte. Os projectos e os sonhos deverão ser, a breve prazo, transformados em realidade. Falo, obviamente, da definição de um programa operacional em torno da actividade Termal e Turística na área central da vila, da criação de um Parque Verde Urbano, da qualificação do espaço público, da requalificação da “Casa da Pines” enquanto “pousada de charme” e que possa catapultar a criação de condições reais para a instalação do hotel desejado, e da construção de um pequeno auditório associado a uma “casa/museu do brinquedo”...
Mas, para que isso seja possível, é preciso gerar-se discussões, debates, criar consensos e desígnios comuns. É preciso, acima de tudo, respeitar as pessoas.
É irreversível esta necessidade de qualificar o espaço. Esse é, do meu ponto de vista, o grande desafio para Santa Maria da Feira nos próximos tempos.
Nos últimos anos, temos assistido à renovação de alguns equipamentos que, sem dúvida alguma, se traduzem num pilar fundamental para a crescente importância que Caldas de S. Jorge pode assumir.
Exemplo disso, foram as obras de reformulação e ampliação do edifício das Termas, todas as obras de requalificação da sua área envolvente, a definição de um projecto de renovação do espaço “Ilha”, a reabilitação da Igreja Matriz, etc. Podemos ainda referir a potencial e eminente aprovação do novo centro de dia/noite no âmbito dos incentivos criados pelo governo central ou ainda o “irreversível” percurso pedonal que surgirá ao longo do Uíma.
Mas também jamais poderemos esquecer um dos maiores patrimónios que esta terra possui: a actividade industrial e económica ligada aos artigos de puericultura. Não se pode evocar esta terra sem se falar da indústria de puericultura.
Portanto, no caso específico de Caldas de S. Jorge, creio existirem, condições para que, a prazo, se possa vir a transformar num “território modelo” no âmbito da região em que se insere. Que se possa reforçar a lógica de um local aprazível, um espaço de bem estar, um espaço de eco-turismo, um espaço paisagem, um espaço de vanguarda.
Como já dizia Ebenezer Howard em 1898, o pioneiro moderno da descentralização da cidade industrial, com a invenção da cidade-jardim, o pensamento sobre as vilas e cidades assenta em 3 princípios fundamentais:
- A terra devia pertencer à comunidade;
- Todas as pessoas deviam estar envolvidas no planeamento;
- Devia haver harmonia entre o espaço construído e o ambiente natural.
É desta simbiose que se “constrói” o território.
domingo, 29 de março de 2009
Nunca é demais (re)lembrar: foi há 6 anos
Há seis anos, na edição de Janeiro/Março 2003 da Revista Arquitectura & Construção, tive o privilégio de ver publicado um dos meus primeiros trabalhos profissionais realizado "a solo".
Talvez em breve, possa revisitar o meu amigo Rodrigo Marques, no seu retiro de fim-de-semana, lá no pequeno lugar de Vila Meã, pertinho do centro de Cerveira.
Talvez em breve, possa revisitar o meu amigo Rodrigo Marques, no seu retiro de fim-de-semana, lá no pequeno lugar de Vila Meã, pertinho do centro de Cerveira.
sábado, 28 de março de 2009
"Boa noite. Eu sou MMG - Parte II"
Passou uma semana.
Pelo meio, um dos Blog’s de referência cá do burgo (http://www.kouzaselouzas.blogspot.com/) decidiu, (re)postar as minhas impressões acerca da famosa artista de televisão que se dá pelo nome de Manuela Moura Guedes.
- Fraca hora???
- Nim!
Então não é que guardiões de alguns “templos sagrados” surgiram, repentinamente, numa acalorada incursão nos méritos e/ou deméritos da minha linha de raciocínio?
Uns que eu devia era estar no meu canto sem criar grandes ondas; outros que a ilustre jornalista faz muito bem em usar um jornal da noite, em horário nobre, para tirar “partido” da manipulação das opiniões dos portugueses; e outros ainda, imagine-se, a defender que o nosso primeiro deveria estar a ver o sol aos quadradinhos... Mesmo sem se apurarem os factos.
Pois bem, em verdade Vos digo:
- Pobre coitado aquele que não pensa por si.
Por isso, nesta hora, sou bem capaz de dizer: cada um que fique com a sua.
E já agora:
- Boa noite: você está com PNCS...
Pelo meio, um dos Blog’s de referência cá do burgo (http://www.kouzaselouzas.blogspot.com/) decidiu, (re)postar as minhas impressões acerca da famosa artista de televisão que se dá pelo nome de Manuela Moura Guedes.
- Fraca hora???
- Nim!
Então não é que guardiões de alguns “templos sagrados” surgiram, repentinamente, numa acalorada incursão nos méritos e/ou deméritos da minha linha de raciocínio?
Uns que eu devia era estar no meu canto sem criar grandes ondas; outros que a ilustre jornalista faz muito bem em usar um jornal da noite, em horário nobre, para tirar “partido” da manipulação das opiniões dos portugueses; e outros ainda, imagine-se, a defender que o nosso primeiro deveria estar a ver o sol aos quadradinhos... Mesmo sem se apurarem os factos.
Pois bem, em verdade Vos digo:
- Pobre coitado aquele que não pensa por si.
Por isso, nesta hora, sou bem capaz de dizer: cada um que fique com a sua.
E já agora:
- Boa noite: você está com PNCS...
sábado, 21 de março de 2009
"Boa noite. Eu sou MMG"
Por questões profissionais, é raro o dia em que consigo ver os jornais da noite das televisões nacionais, que às 20h em ponto, levam as notícias do dia a todos os lares deste nosso Portugal profundo.
Esta última Sexta-Feira, no entanto, foi uma excepção.
De comando na mão, fiz um rápido zapping que, quer queiramos quer não, é uma arte.
Para quem não sabe, o zapping consiste em mudar de canal de televisão constantemente, fazendo uso do clássico comando.
(A palavra zapping, que mais parece uma marca de roupa desportiva, traduzida para o calão significa “Rais’parta p’rá televisão, que tem tantos canais e não dá nada de jeito!”).
Mas vamos ao que interessa.
Dizia eu que estava a fazer o tal zapping e parei, por instantes, no jornal nacional da TVI, apresentado por Manuela Moura Guedes.
A notícia de abertura foi, como não podia deixar de ser (desde há não sei quantas semanas), sobre o alegado envolvimento do Primeiro Ministro José Sócrates não caso Freeport.
Como vai mal a televisão.
Televisão Independente?
Claro que não. Constatei o que, alguém já me havia dito:
- Os noticiários da TVI, principalmente os apresentados pela MMG são um autêntico atentado à inteligência e paciência dos portugueses. Mais de 20 minutos a falar de Sócrates, e com uma desavergonhada tentativa de manipulação da interpretação dos telespectadores. Inqualificável.
Que doença...
Esta última Sexta-Feira, no entanto, foi uma excepção.
De comando na mão, fiz um rápido zapping que, quer queiramos quer não, é uma arte.
Para quem não sabe, o zapping consiste em mudar de canal de televisão constantemente, fazendo uso do clássico comando.
(A palavra zapping, que mais parece uma marca de roupa desportiva, traduzida para o calão significa “Rais’parta p’rá televisão, que tem tantos canais e não dá nada de jeito!”).
Mas vamos ao que interessa.
Dizia eu que estava a fazer o tal zapping e parei, por instantes, no jornal nacional da TVI, apresentado por Manuela Moura Guedes.
A notícia de abertura foi, como não podia deixar de ser (desde há não sei quantas semanas), sobre o alegado envolvimento do Primeiro Ministro José Sócrates não caso Freeport.
Como vai mal a televisão.
Televisão Independente?
Claro que não. Constatei o que, alguém já me havia dito:
- Os noticiários da TVI, principalmente os apresentados pela MMG são um autêntico atentado à inteligência e paciência dos portugueses. Mais de 20 minutos a falar de Sócrates, e com uma desavergonhada tentativa de manipulação da interpretação dos telespectadores. Inqualificável.
Que doença...
quinta-feira, 19 de março de 2009
Tanto lá, como por cá
O Manuel Alegre foi, durante muitos anos, alguém que aprendi a respeitar e a admirar no seio do Partido Socialista. Homem inteligente, sábio, poeta, humanista.
Entretanto, parece que a vaidade pessoal lhe subiu à cabeça.
Na verdade, andam até por aí algumas vozes que, pausadamente, vão defendendo aquilo a que chamam de “coligação entre o PS e o Manuel Alegre”.
- Era só o que faltava!
Um partido não pode viver condicionado pelo estado de espírito ou humor de alguém que permanece empenhado em manter a chama acesa do milhão de votos que arrecadou nas últimas presidenciais.
Será muito grave que o partido mais votado para governar o país, esteja condicionado às ambições pessoais e presidenciais de Manuel Alegre.
Aliás, seria muito grave para o PS que a sua acção (do partido) fosse pautada pelas birras de alguns eternos “repetidos” que, consequentemente, vão polvilhando as listas de deputados apresentadas ao eleitorado.
De facto, embora não seja um cego defensor do chamado “seguidismo” político, entendo que quem se predispõe a integrar uma lista candidata a qualquer coisa tem, acima de tudo, um dever de lealdade para com o restante grupo e símbolo que representa.
Quanto mais não seja porque, de facto, ali teve sempre o seu “lugar cativo”.
Depois, outra coisa que vai enfermando os partidos e que, na realidade, começo a não suportar, são os chamados “grupinhos” ou “sensibilidades”.
São esses jogos palacianos que têm mais que ver com as ambições pessoais de alguns do que com o respeito pelos eleitores e pelas verdadeiras políticas de desenvolvimento que, progressivamente, vão afastando, cada vez mais, a generalidade das pessoas da política.
Tanto lá, como por cá.
Porque no limite... é disso que se trata...
Entretanto, parece que a vaidade pessoal lhe subiu à cabeça.
Na verdade, andam até por aí algumas vozes que, pausadamente, vão defendendo aquilo a que chamam de “coligação entre o PS e o Manuel Alegre”.
- Era só o que faltava!
Um partido não pode viver condicionado pelo estado de espírito ou humor de alguém que permanece empenhado em manter a chama acesa do milhão de votos que arrecadou nas últimas presidenciais.
Será muito grave que o partido mais votado para governar o país, esteja condicionado às ambições pessoais e presidenciais de Manuel Alegre.
Aliás, seria muito grave para o PS que a sua acção (do partido) fosse pautada pelas birras de alguns eternos “repetidos” que, consequentemente, vão polvilhando as listas de deputados apresentadas ao eleitorado.
De facto, embora não seja um cego defensor do chamado “seguidismo” político, entendo que quem se predispõe a integrar uma lista candidata a qualquer coisa tem, acima de tudo, um dever de lealdade para com o restante grupo e símbolo que representa.
Quanto mais não seja porque, de facto, ali teve sempre o seu “lugar cativo”.
Depois, outra coisa que vai enfermando os partidos e que, na realidade, começo a não suportar, são os chamados “grupinhos” ou “sensibilidades”.
São esses jogos palacianos que têm mais que ver com as ambições pessoais de alguns do que com o respeito pelos eleitores e pelas verdadeiras políticas de desenvolvimento que, progressivamente, vão afastando, cada vez mais, a generalidade das pessoas da política.
Tanto lá, como por cá.
Porque no limite... é disso que se trata...
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
... INTEMPORAL ...
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Medidas - o caso do Aviso n.º 76/2009, de 2 de Janeiro (D.R.)
Terminou, há poucos dias, o período para apresentação de sugestões no âmbito do Aviso n.º 76/2009, de 2 de Janeiro, publicado no Diário da República (2.ª série), referente à abertura de procedimento para a alteração ao Regulamento do Plano Director Municipal de Santa Maria da Feira.
Sendo a temática do “Ordenamento do Território” uma matéria essencial para o desenvolvimento dos espaços em que vivemos, penso existir, neste caso concreto, um elemento adicional que concorre para uma maior e fundamental atenção que todos, sem excepção, devemos conceder.
De facto, numa altura em que o mundo, o país, e por conseguinte, o nosso concelho, assistem a uma crise económica e social sem precedentes, há matérias que, por si, nos devem fazer meditar.
A referida proposta de alteração ao Regulamento do PDM (note-se que não se deverá confundir este procedimento com o processo de Revisão do Plano Director Municipal, em elaboração) apresenta, genericamente, eventuais ajustes e clarificações interpretativas, cujos princípios constam, de forma clara e objectiva, dos “termos de referência”, apresentados numa das últimas reuniões ordinárias da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira.
Os casos em discussão, dizem respeito à eventual utilização de áreas de equipamento público inseridas na área de integração e protecção do Europarque, da eventual utilização de forma pontual e controlada de áreas de equipamento público para usos alternativos aos previstos no Regulamento do PDM e ainda, a eventual permissão de ampliação das empresas instaladas em áreas de construção preferente.
Ora, é este último cenário que é importa realçar.
De facto, o Regulamento do PDM actual, e mais especificamente a alínea h) do seu artigo 16.º, tem-se revelado um obstáculo e uma limitação à dinâmica empresarial concelhia. A opção que consta no PDM actual é a de limitar a área das unidades empresariais que se encontrem em zonas urbanas a 700m2. Nesse contexto, se numa qualquer outra altura, tal cenário se poderia justificar tendo em consideração a intenção de evitar a criação de grandes áreas industriais em zonas habitacionais, os dias que hoje vivemos, aconselham, sem sombra de dúvida, a uma visão mais pragmática e menos fundamentalista de toda a lógica social, urbana e ambiental.
Cada vez mais, a legislação dirigida para a prática empresarial visa a simplificação dos mecanismos ligados à instalação e regularização das empresas. Por outro lado, as condições de funcionamento das empresas são cada vez mais exigentes.
Por isso, com todo este cenário de degradação social a que vamos assistindo, é importante surgirem medidas que promovam mais condições para o desenvolvimento económico ou, pelo menos, que permitam, por ora, a coexistência da actividade empresarial com as restantes áreas urbanas (no caso das unidades existentes).
É certo que temos o dever de pensar numa lógica global e na perspectiva de promover espaços de excelência destinados à actividade industrial.
No entanto, nestas alturas, certamente que os problemas não se resolvem com teorias sobre o benefício das luxuosas áreas de localização empresarial. Nestas alturas, é preferível assumir um compromisso de ajuda aos nossos pequenos e médios empresários que, com todas as dificuldades conhecidas “insistem”, de forma quase heróica, na manutenção da sua actividade empresarial e consequentemente, na sustentação dos possíveis postos de trabalho.
Por isso, sem nos esquecermos da programação das grandes e novas zonas industriais, creio que, a proposta em discussão (caso venha a ser aprovada pelas instancias competentes) poderá vir a representar, sem dúvida alguma, uma das maiores e mais importantes medidas de natureza socio-económica lançada nos últimos anos pelo Município de Santa Maria da Feira.
Há que o reconhecer...
Sendo a temática do “Ordenamento do Território” uma matéria essencial para o desenvolvimento dos espaços em que vivemos, penso existir, neste caso concreto, um elemento adicional que concorre para uma maior e fundamental atenção que todos, sem excepção, devemos conceder.
De facto, numa altura em que o mundo, o país, e por conseguinte, o nosso concelho, assistem a uma crise económica e social sem precedentes, há matérias que, por si, nos devem fazer meditar.
A referida proposta de alteração ao Regulamento do PDM (note-se que não se deverá confundir este procedimento com o processo de Revisão do Plano Director Municipal, em elaboração) apresenta, genericamente, eventuais ajustes e clarificações interpretativas, cujos princípios constam, de forma clara e objectiva, dos “termos de referência”, apresentados numa das últimas reuniões ordinárias da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira.
Os casos em discussão, dizem respeito à eventual utilização de áreas de equipamento público inseridas na área de integração e protecção do Europarque, da eventual utilização de forma pontual e controlada de áreas de equipamento público para usos alternativos aos previstos no Regulamento do PDM e ainda, a eventual permissão de ampliação das empresas instaladas em áreas de construção preferente.
Ora, é este último cenário que é importa realçar.
De facto, o Regulamento do PDM actual, e mais especificamente a alínea h) do seu artigo 16.º, tem-se revelado um obstáculo e uma limitação à dinâmica empresarial concelhia. A opção que consta no PDM actual é a de limitar a área das unidades empresariais que se encontrem em zonas urbanas a 700m2. Nesse contexto, se numa qualquer outra altura, tal cenário se poderia justificar tendo em consideração a intenção de evitar a criação de grandes áreas industriais em zonas habitacionais, os dias que hoje vivemos, aconselham, sem sombra de dúvida, a uma visão mais pragmática e menos fundamentalista de toda a lógica social, urbana e ambiental.
Cada vez mais, a legislação dirigida para a prática empresarial visa a simplificação dos mecanismos ligados à instalação e regularização das empresas. Por outro lado, as condições de funcionamento das empresas são cada vez mais exigentes.
Por isso, com todo este cenário de degradação social a que vamos assistindo, é importante surgirem medidas que promovam mais condições para o desenvolvimento económico ou, pelo menos, que permitam, por ora, a coexistência da actividade empresarial com as restantes áreas urbanas (no caso das unidades existentes).
É certo que temos o dever de pensar numa lógica global e na perspectiva de promover espaços de excelência destinados à actividade industrial.
No entanto, nestas alturas, certamente que os problemas não se resolvem com teorias sobre o benefício das luxuosas áreas de localização empresarial. Nestas alturas, é preferível assumir um compromisso de ajuda aos nossos pequenos e médios empresários que, com todas as dificuldades conhecidas “insistem”, de forma quase heróica, na manutenção da sua actividade empresarial e consequentemente, na sustentação dos possíveis postos de trabalho.
Por isso, sem nos esquecermos da programação das grandes e novas zonas industriais, creio que, a proposta em discussão (caso venha a ser aprovada pelas instancias competentes) poderá vir a representar, sem dúvida alguma, uma das maiores e mais importantes medidas de natureza socio-económica lançada nos últimos anos pelo Município de Santa Maria da Feira.
Há que o reconhecer...
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Barack Obama - Discurso na tomada de posse
Caros concidadãos:
Apresento-me hoje aqui sentindo-me humilde perante a tarefa que nos aguarda, grato pela confiança que depositaram em nós, consciente dos sacrifícios por que passaram os nossos antecessores. Agradeço ao Presidente Bush pelos serviços prestados ao nosso país, bem como pela generosidade e cooperação que deu provas durante este período de transição.
Quarenta e quatro presidentes americanos prestaram até hoje o juramento presidencial. As suas palavras foram proferidas em tempos grandiosos de prosperidade e períodos tranquilos de paz. Contudo, houve também ocasiões em que o juramento foi prestado entre nuvens que se avolumavam e tempestades violentas. Nesses momentos, a América prosseguiu o seu caminho não apenas devido à capacidade e visão dos que ocuparam este alto cargo, mas porque nós, o povo, permanecemos fiéis aos ideais dos nossos antepassados e aos nossos documentos fundadores.
Assim foi. E assim será com esta geração de americanos.
Que estamos a braços com uma crise já todos compreenderam. O nosso país está em guerra contra uma rede poderosa de violência e ódio. A nossa economia está enfraquecida, uma consequência da ganância e irresponsabilidade por parte de alguns, mas também da nossa incapacidade colectiva de fazer escolhas difíceis e preparar o país para uma nova era.
Perderam-se casas, extinguiram-se empregos, fecharam-se empresas. O nosso sistema de saúde é demasiado oneroso; as nossas escolas reprovam demasiado; e cada dia traz mais provas de que as formas como utilizamos a energia reforçam os nossos adversários e ameaçam o nosso planeta.
São estes os indicadores da crise, objecto de dados e números estatísticos. Menos mensurável mas não menos profunda é a diminuição da confiança em todo o país - um receio perturbante de que o declínio da América é inevitável e de que a próxima geração tem de reduzir as suas ambições.
Hoje digo-vos que os desafios que defrontamos são reais. São graves e são muitos. Não terão resposta fácil nem num curto espaço de tempo. Mas que todos fiquem sabendo: terão resposta.
Neste dia, reunimo-nos aqui porque escolhemos a esperança em vez do medo, a unidade de objectivos em vez do conflito e da discórdia.
Neste dia, viemos proclamar o fim de querelas mesquinhas e falsas promessas, das recriminações e dos dogmas gastos que durante demasiado tempo sufocaram a nossa política.
Continuamos a ser uma nação jovem, mas nas palavras das Escrituras, chegou o momento de pôr de parte as infantilidades. Chegou o momento de reiterar a firmeza do nosso espírito; de escolher o melhor da nossa história; de levar por diante essa dádiva preciosa, essa ideia nobre passada de geração em geração: a promessa divina de que todos são iguais, todos são livres e todos merecem a oportunidade de lutar pela sua quota-parte de felicidade.
Ao reafirmar a grandeza da nossa nação, compreendemos que essa grandeza nunca é um dado adquirido. Tem de ser conquistada. A nossa jornada nunca foi feita por atalhos nem se contentou com pouco. Não foi um caminho trilhado por cobardes - por aqueles que preferem o lazer ao trabalho ou que procuram apenas os prazeres da riqueza e da fama. Foi antes trilhado por aqueles que aceitam os riscos, os executores, os que fazem - alguns célebres, mas na maior parte das vezes homens e mulheres que trabalharam na obscuridade - e que nos conduziram por um caminho longo e difícil até à prosperidade e à liberdade.
Por nós, embrulharam os seus poucos haveres e atravessaram os mares à procura de uma vida nova.
Por nós, trabalharam duramente em oficinas e colonizaram o Oeste; sofreram chicotadas e lavraram a terra dura.
Por nós lutaram e morreram, em lugares como Concord e Gettysburg; Normandia e Khe Sahn.
Vezes sem conta, estes homens e mulheres lutaram e sacrificaram-se, e trabalharam até que as mãos sangrassem para que nós pudéssemos ter uma vida melhor. Viram a América como sendo maior do que a soma das nossas ambições individuais; maior do que todas as diferenças de nascimento, riqueza ou facção.
É este caminho que prosseguimos hoje. Continuamos a ser a nação mais próspera e mais poderosa da Terra. Os nossos trabalhadores não são menos produtivos do que quando a crise começou. A nossa mente não é menos criativa, os nossos bens e serviços não são menos necessários do que eram na semana passada, no mês passado ou no ano passado. A nossa capacidade não foi diminuída. Mas o nosso tempo de imobilismo, de proteger interesses mesquinhos e de adiar decisões desagradáveis - esse tempo passou definitivamente. A partir de hoje, temos de nos levantar, sacudir a poeira e recomeçar a tarefa de refazer a América.
Porque para qualquer lado que olharmos, há trabalho que tem que ser feito. O estado da nossa economia exige acção, ousada e rápida, e nós agiremos - não apenas para criar novos empregos mas para lançar as novas fundações do crescimento. Construiremos as estradas e as pontes, as redes eléctricas e os circuitos digitais que alimentam o nosso comércio e que nos ligam uns aos outros. Devolveremos à ciência o lugar a que tem direito e utilizaremos com eficácia as maravilhas da tecnologia para aumentar a qualidade dos cuidados de saúde e reduzir os seus custos.
Aproveitaremos o sol, os ventos e a terra para alimentar os nossos carros e fazer funcionar as nossas fábricas. E transformaremos as nossas escolas e universidades para responderem às exigências de uma nova era. Tudo isto sabemos fazer. E tudo isto faremos.
Agora, há quem ponha em dúvida a escala das nossas ambições - quem insinue que o nosso sistema não pode permitir muitos e grandes planos. Têm a memória curta. Porque se esqueceram do que este país já realizou; do que homens e mulheres livres podem alcançar quando conjugam a imaginação e o objectivo comum, a necessidade e a coragem.
O que os descrentes não conseguem compreender é que o chão mudou debaixo dos seus pés - que os velhos argumentos políticos que nos consumiram durante tanto tempo já não se aplicam. A pergunta que hoje fazemos não é se o nosso governo é demasiado grande ou pequeno, mas se funciona - se ajuda as famílias a encontrar empregos e um salário decente, serviços que possam custear, uma reforma digna. Se a resposta for sim, tencionamos seguir em frente. Se a resposta for não, os programas serão terminados. E aqueles de nós que administram os dinheiros públicos serão responsabilizados - para gastarem com sensatez, reformarem velhos hábitos e gerirem os nossos interesses com transparência - porque só então poderemos restaurar a confiança indispensável entre um povo e o seu governo.
Também a pergunta que se coloca não é se o mercado é uma força do bem ou do mal. O seu poder para gerar riqueza e difundir a liberdade não tem paralelo, mas esta crise lembrou-nos que sem um olhar vigilante, o mercado pode descontrolar-se - e que um país não pode prosperar durante muito tempo quando favorece apenas os mais prósperos. O sucesso da nossa economia sempre dependeu não apenas do tamanho do nosso produto interno bruto, mas da abrangência da nossa prosperidade; da nossa capacidade para dar oportunidades a cada alma de boa vontade - não por caridade, mas porque é o caminho mais seguro para o nosso bem comum.
Quanto à nossa defesa comum, rejeitamos como uma falsidade a escolha entre a nossa segurança e os nossos ideais. Os nossos Pais Fundadores, confrontados com perigos que mal podemos imaginar, delinearam uma carta para assegurar o estado de direito e os direitos humanos, uma carta reclamada pelo sangue de gerações. Esses ideais continuam a iluminar o mundo e não desistiremos deles em nome da conveniência. E portanto, a todos os povos e governos que nos estão hoje a ver, desde as grandes capitais à pequena aldeia onde o meu pai nasceu: saibam que a América é amiga de todas as nações e de todos os homens, mulheres e crianças que procuram um futuro de paz e dignidade, e que estamos preparados para liderar uma vez mais.
Recordem que gerações anteriores defrontaram o fascismo e o comunismo não apenas com mísseis e tanques, mas com alianças resolutas e convicções duradouras. Compreenderam que o nosso poder não consegue por si só proteger-nos nem nos confere o direito de fazer o que nos agrada. Pelo contrário, perceberam que o nosso poder aumenta com o seu uso prudente; que a nossa segurança emana da justeza da nossa causa, da força do nosso exemplo, de qualidades como a humildade e a moderação.
Somos os guardiães desse legado. Guiados por estes princípios uma vez mais, podemos estar à altura dessas novas ameaças que exigem um esforço ainda maior - e mesmo maior cooperação e compreensão entre nações. Vamos começar a deixar responsavelmente o Iraque ao seu povo, e a planear uma paz bem merecida no Afeganistão. Com velhos amigos e antigos inimigos, trabalharemos sem descanso para diminuir a ameaça nuclear e repelir o espectro do aquecimento do planeta. Não pediremos desculpa pelo nosso modo de vida nem hesitaremos na sua defesa, e para aqueles que procuram impor os seus objectivos induzindo o terror e massacrando inocentes, dizemos-lhes que o nosso espírito é mais forte e não pode ser dominado; não nos podem vencer pelo cansaço e nós derrotá-los-emos.
Porque sabemos que o nosso património feito de muitos retalhos é uma força, não uma fraqueza. Somos uma nação de cristãos e muçulmanos, de judeus e hindus - e de não crentes. Somos formados por todas as línguas e culturas, atraídas de todos os cantos da Terra; e porque experimentámos o travo amargo da guerra civil e da segregação e emergimos desse escuro capítulo mais fortes e mais unidos, só podemos acreditar que os velhos ódios passarão um dia; que as linhas de divisão se dissolverão em breve; que à medida que o mundo se torna mais pequeno, a nossa humanidade comum se revelará; e que a América tem de desempenhar o seu papel de condutora para uma nova era de paz.
Ao mundo muçulmano, procuramos um novo caminho baseado no interesse mútuo e no respeito mútuo. Aos líderes por esse mundo fora que procuram semear o conflito ou lançar as culpas dos males da sua sociedade ao Ocidente: saibam que o vosso povo vos julgará por aquilo que conseguirem construir, não pelo que destruírem. Para aqueles que se agarram ao poder através da corrupção, da falsidade e do silenciamento da oposição, saibam que estão do lado errado da história; mas que nós vos estenderemos a mão se estiverem dispostos a abdicar.
Aos povos das nações pobres, prometemos trabalhar convosco para que as vossas terras floresçam e para que haja água potável; para dar de comer a corpos esfomeados e alimentar espíritos sedentos. E aos países que como o nosso gozam de uma relativa abundância, dizemos que já não podemos suportar a indiferença perante o sofrimento fora das nossas fronteiras; nem podemos consumir os recursos mundiais sem ter em conta o seu efeito. Porque o mundo mudou e nós temos de mudar com ele.
Ao olharmos o caminho que se estende diante de nós, recordamos com humilde gratidão esses bravos americanos que neste mesmo momento patrulham desertos remotos e montanhas distantes. Eles têm algo a dizer-nos hoje, tal como os heróis caídos que jazem em Arlington nos segredam através do tempo. Prestamos-lhes homenagem não apenas porque são os guardiães da nossa liberdade, mas porque encarnam o espírito do serviço; uma disposição para encontrar significado em algo maior do que eles próprios. E contudo, neste momento - um momento que definirá uma geração - é precisamente este espírito que deverá habitar cada um de nós.
Porque por muito que um governo possa e deva fazer, é afinal da fé e da determinação do povo americano que este país depende. É a generosidade de receber um estranho quando um dique rebenta, o altruísmo de trabalhadores que preferem reduzir o seu horário do que ver um colega perder o seu posto de trabalho, que nos conduzem nas horas mais sombrias. É a coragem do bombeiro ao abrir caminho por uma escada cheia de fumo, mas também a vontade de um pai para criar um filho, que finalmente decide o nosso destino.
Os nossos desafios podem ser novos. Os instrumentos de que dispomos para os enfrentar podem ser novos. Mas os valores dos quais depende o nosso sucesso - trabalho árduo e honestidade, coragem e justiça, tolerância e curiosidade, lealdade e patriotismo - são velhos. São verdadeiros. Foram a força tranquila do progresso através da nossa história. O que se exige é então um regresso a essas verdades. O que se exige de nós é uma nova era de responsabilidade - um reconhecimento, por parte de todos os americanos, que temos deveres com nós próprios, com o nosso país e com o mundo; deveres que não aceitamos relutantemente mas que cumprimos com alegria, firmes no conhecimento de que não há nada tão compensador para o espírito, tão definidor do nosso carácter, como nos entregarmos inteiramente a uma tarefa difícil.
É este o preço e a promessa da cidadania.
É esta a fonte da nossa confiança - o conhecimento de que Deus nos chama para darmos forma a um destino incerto.
Este é o significado da nossa liberdade e da nossa fé - a razão por que homens, mulheres e crianças de todas as raças e religiões se podem juntar nesta celebração em volta desta magnífica alameda, e por que um homem cujo pai há menos de 60 anos poderia não ter sido servido num restaurante local pode agora estar aqui diante de vós a prestar o juramento mais sagrado.
Portanto, marquemos este dia com a recordação do que somos e do longo caminho que percorremos. No ano do nascimento da América, no mês mais frio, um pequeno grupo de patriotas juntou-se à volta de fogueiras agonizantes nas margens de um rio gelado. A capital fora abandonada. O inimigo avançava. A neve estava tingida de sangue. Num momento em que o resultado da nossa revolução estava mais em dúvida, o pai da nossa pátria ordenou que estas palavras fossem lidas ao povo:
"Que fique dito para o mundo futuro (...) que no Inverno mais profundo, quando nada senão a esperança e a virtude conseguiam sobreviver (...) que a cidade e o país, alarmados por um perigo comum, acorreram para o enfrentar".
América. Diante dos nossos perigos comuns, neste Inverno de provação, lembremo-nos destas palavras intemporais. Com esperança e virtude, vamos desafiar uma vez mais as correntes geladas e suportar as tempestades que vierem. Que possa ser dito pelos filhos dos nossos filhos que quando fomos postos à prova, nos recusámos a permitir que esta jornada terminasse, que não virámos as costas nem vacilámos; e com os olhos fixos no horizonte e com a graça de Deus, levámos por diante essa grande dádiva da liberdade e a entregámos em segurança às futuras gerações.
(tradução de Aida Macedo, in EXPRESSO)
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
sábado, 10 de janeiro de 2009
Cidade para Todos
“Hoje em dia torna-se cada vez mais óbvio que a acessibilidade constitui o elemento básico e fundamental do direito à igualdade de participação de qualquer pessoa, quer tenha deficiência ou não. Sempre que uma actividade exclua alguém, meramente porque se torna impossível o acesso a um lugar ou a percepção do que lá ocorre, existe, de princípio, uma forma de exclusão e, consequentemente, de descriminação.”
The European Concept for Accessibillity, 2001
Foi no passado dia 3 de Dezembro que tive o prazer de participar, como orador, numa conferência/workshop sobre a problemática da Acessibilidade e Mobilidade no Ambiente Construído.
A apresentação, intitulada “Intervir no Espaço Público”, que decorreu no Convento dos Loios (Feira) a convite da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira e da Provedoria Municipal dos Cidadãos com Deficiência, incidiu sobre o enquadramento legislativo, sua respectiva aplicabilidade, estratégias de intervenção e alguns exemplos práticos de como se pode melhorar o espaço público.
Cada vez mais, é fundamental assumir um “espaço público para todos”, cabendo a todos nós (arquitectos, engenheiros, ...) a recomendação e sensibilização dos organismos públicos e agentes privados no sentido da eliminação das barreiras urbanísticas e arquitectónicas no ambiente urbano e, dessa forma, democratizar o espaço público.
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
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