quinta-feira, 19 de março de 2009

Tanto lá, como por cá

O Manuel Alegre foi, durante muitos anos, alguém que aprendi a respeitar e a admirar no seio do Partido Socialista. Homem inteligente, sábio, poeta, humanista.

Entretanto, parece que a vaidade pessoal lhe subiu à cabeça.

Na verdade, andam até por aí algumas vozes que, pausadamente, vão defendendo aquilo a que chamam de “coligação entre o PS e o Manuel Alegre”.

- Era só o que faltava!
Um partido não pode viver condicionado pelo estado de espírito ou humor de alguém que permanece empenhado em manter a chama acesa do milhão de votos que arrecadou nas últimas presidenciais.

Será muito grave que o partido mais votado para governar o país, esteja condicionado às ambições pessoais e presidenciais de Manuel Alegre.

Aliás, seria muito grave para o PS que a sua acção (do partido) fosse pautada pelas birras de alguns eternos “repetidos” que, consequentemente, vão polvilhando as listas de deputados apresentadas ao eleitorado.

De facto, embora não seja um cego defensor do chamado “seguidismo” político, entendo que quem se predispõe a integrar uma lista candidata a qualquer coisa tem, acima de tudo, um dever de lealdade para com o restante grupo e símbolo que representa.

Quanto mais não seja porque, de facto, ali teve sempre o seu “lugar cativo”.

Depois, outra coisa que vai enfermando os partidos e que, na realidade, começo a não suportar, são os chamados “grupinhos” ou “sensibilidades”.

São esses jogos palacianos que têm mais que ver com as ambições pessoais de alguns do que com o respeito pelos eleitores e pelas verdadeiras políticas de desenvolvimento que, progressivamente, vão afastando, cada vez mais, a generalidade das pessoas da política.

Tanto lá, como por cá.

Porque no limite... é disso que se trata...

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