Quando se fala em “cidade” (no sentido mais amplo do termo), muitos são os motivos através dos quais devemos reflectir e debater para, em conjunto, encontrarmos soluções para o seu desenvolvimento sustentado e sustentabilizado.
Desde logo, porque entendo que, pôr em movimento uma ideia, quebrar forças de inércia, ter objectivos, criar espaços de intervenção e condições para desenvolver programas de crescimento equilibrados, se afigura especialmente difícil numa sociedade portuguesa em que, cada cidadão, está cada vez mais preocupado com a resolução dos seus problemas particulares, e com a procura de respostas imediatas e imediatistas para todas as nossas ambições.
Como dizia Kant, “Uma ideia é a adequação de um conceito com a realidade”, e este pensamento continua a possuir uma lógica profunda uma vez que cria uma capacidade de se poderem realizar "coisas" no imenso universo da contingência ou da situação em que nos encontramos ou que nos movemos, sem destruir a perspectiva crítica e sem nos desviarmos da objectividade das questões que configuram os problemas da cidade.
Transformar a sociedade de consumo numa sociedade de produtores de ideias, é portanto, criar um valor altamente rentável para o espaço físico em que nos movemos, sendo por isso, condição essencial para o seu desenvolvimento.
Por outro lado, quando não se valoriza o debate de ideias, a investigação ou a procura, temos necessariamente que andar a reboque de qualquer coisa ou a ser satélite de outros lugares.
Por isso, é importante a participação e o envolvimento de todos no desenvolvimento da nossa terra. Um cidadão informado e participativo reforça a democracia e a democraticidade no crescimento da cidade.
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