segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Capacidade de Gestão

Porque razão, recentemente, se tem falado tanto em capacidade de gestão? Ninguém sabe. Alguns políticos do nosso burgo talvez saibam (uma vez que sabem um grande número de coisas) mas não dizem ou não desenvolvem.
Pois eu, meus caros, recuso-me a participar nesta conspiração eclética de conferir, levianamente, a determinadas personagens, elevados ou diminutos graus na capacidade de gestão da coisa.
Começo, aliás, por dizer que... não “alinho na onda” e tento não arriscar conclusões precipitadas na avaliação do desempenho de um qualquer dirigente. Portanto, procuro, independentemente do gosto cromático da discussão, analisar com independência e rigor os resultados de qualquer desempenho, tendo em conta o binómio projecto-investimento/situação ocasional.
A verdade é que não é fácil avaliar.
Da última vez que tentei julgar positivamente a actividade dos nossos governantes, tive uma enorme surpresa. Ou talvez não.
Falo por exemplo da criação e desenvolvimento das grandes áreas metropolitanas, Depois daquele “motivador” debate, o que foi feito? Ou ainda da regionalização...
Entendo, portanto, que a tal avaliação de desempenho ou da famosa capacidade de gestão deve ser feita através daquilo a que, em linguagem corrente se chama Tempo.
E se alguns, ano após ano, se vão repetindo e martirizando com a esperança de idealizar o não adiamento do dito desenvolvimento e dos resultados, outros há, que, confrontados com os mais invariáveis imprevistos, darão o mote para o desenvolvimento, sustentabilidade e prestígio das instituições ou organizações que lideram, facto que, inevitavelmente, nos aconselha a pensar.
Há dias, a jornalista e escritora Clara Ferreira Alves dizia “…Ando há anos a educar este povo…”. Meus amigos, eu, ao contrário dela, procuro há anos educar-me com este povo.
E por isso é que cada um, per sí, deverá avaliar e reflectir, para finalmente, poder julgar.
Serenamente...

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