quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Vocações... de cidade

Tendo sido aprovada, há alguns anos, no Conselho de Ministros da Cultura Europeus, uma “Resolução sobre a Qualidade Arquitectónica no Ambiente Urbano e Rural”, que tem como objectivo criar as melhores condições para que seja assegurado o direito dos cidadãos a um ambiente de qualidade, conseguiu-se relembrar a Directiva do Conselho de 10 de Junho de 1985 (85/384/CEE) na qual a criação arquitectónica é considerada de interesse público.

Efectivamente, a definição de um futuro de “ambiências sustentáveis” é, cada vez mais, uma questão basilar no desenvolvimento de uma sociedade contemporânea.

Por isso, desenvolver uma estratégia integrada de crescimento é, sem dúvida alguma, um dos maiores desafios que se coloca nesta fase de Revisão dos vários Planos Directores Municipais dos diversos municípios do país.

E todo este processo só faz verdadeiro sentido se a participação das populações for evidente. Se toda a sociedade civil der a sua contribuição. No entanto, para que isso aconteça é necessário confrontar diferentes sensibilidades, para um aprofundar de todas as expectativas e de todos os anseios relacionados com o ambiente em geral, e com o desenvolvimento urbano em particular.

Se os factores económicos não se elevarem em detrimento dos factores sociais, humanos e naturais, resultará uma estratégia conjunta que permitirá a aproximação a um futuro em que será possível um verdadeiro equilíbrio entre o homem e a natureza.

Todo esse processo passa então, a meu ver, por uma profunda discussão sobre uma questão fundamental: “...Para Onde Vamos???”.

Uma unidade só é conseguida se as várias partes que a compõem atingir o objectivo a que se propõe. No caso do desenvolvimento integrado de qualquer região só é possível se, em cada uma das freguesias, em cada uma das cidades existir um “mote” ou um objectivo comum daquilo que cada região poderá ser.

À semelhança dos homens, as cidades “precisam de uma vocação, de uma filosofia própria”. Só mostrando e assumindo as suas mais-valias, elas se poderão diferenciar e ter uma visibilidade regional ou nacional.

Dizer “Não sei por onde vou, mas sei que não vou por aqui” é um começo...

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