Admito que ninguém ficará aborrecido se eu afirmar que, uma das principais competências de uma Junta de Freguesia, é pugnar pelo asseio e limpeza das vias e locais públicos da respectiva “área de actuação”.
Vem isto a propósito depois de ter percorrido, há uns dias, várias ruas e caminhos desta nossa localidade. A pé... de modo a obter uma visão mais... terrena.
Caldas de S. Jorge, continua no geral, como sempre, belíssima. Não consigo mesmo, num raio considerável, encontrar terra tão bucólica, nostálgica e com tão grandes potencialidades como esta nossa pequena aldeia (eu sei que já somos vila).
No entanto, constatei, que muitos são os espaços e bermas que se encontram “desarrumados”, cheios de ervas, mal tratados. Bem sei que o clima deste ano tem sido particularmente propício ao crescimento rápido e desenfreado de ervas e silvados um pouco por toda a região.
Mas... vamos lá ver... esta é ou não a terra da princesa das termas de Portugal?
É que se for apenas de nome, a conversa passará a ser outra.
Por isso, há que, definitivamente, saber onde centrar a discussão. Dito de outra forma, teremos de perceber quem tem a responsabilidade de manter o nosso espaço urbano limpo e bem tratado? Da Junta? Da Câmara? Terão de se afectar funcionários das Termas para a limpeza da sua área envolvente?
Bom... do meu ponto de vista, uma possível solução passará por lutar pela “fidelização” de, pelo menos, 3 funcionários permanentes da Junta de Freguesia, a expensas ou, qui ça, protocolados com a Câmara Municipal - obviamente que também será necessária a aquisição do respectivo equipamento de apoio.
De uma vez por todas, temos de entender que, se esta é uma terra preferencialmente vocacionada para o termalismo, a imagem a conferir tem de ser outra: uma imagem de uma terra limpa, bem tratada, densamente arborizada, com parques e jardins cuidados.
Porque este compromisso não diz apenas respeito aos habitantes de Caldas de S. Jorge. Esta é uma questão de âmbito concelhio e regional.
Estamos a falar de qualquer coisa (creio) como aproximadamente 40000 euros anuais para pagamento de mais 3 ou 4 funcionários a tempo inteiro (a somar aos restantes funcionários da Junta) e que se dedicariam, EXCLUSIVAMENTE, ao tratamento dos jardins, dos passeios e dos espaços públicos da freguesia.
Porque “obra”... também é destas coisas. Porque “obra” de uma Junta é, principalmente, o acto de cuidar e tratar do seu território.
E que legado nos deixariam...
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