Pela primeira vez, parece-me, o Norte começa a querer demonstrar que, afinal de contas, também há vida para além da Capital.
Nesse preâmbulo, a famosa GAMP (grande Área Metropolitana do Porto), e os seus respectivos “municípios associados”, trabalham já, afincadamente, na indicação de potenciais infraestruturas de natureza estruturante ou de dimensão metropolitana, que possam vir a ser contempladas no Quadro de Referência Estratégica Nacional (vulgo QREN).
O facto novo é, sem dúvida, a antecipação que parece estar a germinar nos diferentes municípios, fazendo antever que, desta vez, o Governo vai ter mesmo de se ver com o norte do país e mais concretamente com a região do Grande Porto.
Julgo que valerá a pena. Ao invés de esperarmos pela iniciativa da Capital e de nos lamentarmos constantemente pelo “não investimento” no Norte, poderão ser apresentados projectos e iniciativas de natureza e dimensão regional, o que permitirá a existência de uma forte capacidade reivindicativa desta região.
Talvez seja isso que tem faltado durante estes anos todos ao Norte: a apresentação de programas ou projectos de desenvolvimento abrangentes e a formação dos seus próprios líderes no sentido de desencadearem protestos “a uma só voz” na defesa dos seus interesses (região), convencendo ao mesmo tempo, o país, que vale a pena avançar com a Regionalização.
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