sábado, 21 de março de 2020
Estamos ON
Estamos em guerra!
O país, a europa e o mundo lutam contra um inimigo desconhecido.
Além da questão da saúde pública e da primordial importância em salvar vidas e controlar o avanço de focos epidemiológicos, temos também de cuidar daquilo que nos chega diariamente pela “rede”.
De repente, parece que todos se tornaram especialistas. Todos têm um médico dentro de si. Todos são enfermeiros e enfermeiras. Todos são polícias. Todos são padeiros. Todos são presidentes de câmara. Todos são ministros. Todos são António Costa.
Todos tratam “por tu” as questões de estratégia. Questões de liderança…
Após dias de descontrolo, as redes sociais começam agora, espero, a fazer a natural selecção.
A boataria, o apelo ao medo e ao pânico dos que estão em casa trancados à espera do apocalipse, transporta, por vezes, uma inenarrável e execrável tentativa de politização desta pandemia. Aprendizes de idiotas, tentam aproveitar o momento para atacar o Sistema Nacional de Saúde, as Autarquias, o Governo.
- Meus caros, este não é o momento.
Não é o momento até porque, se a memória não me falha, jamais aconteceu nos últimos (diria) cem anos, qualquer acontecimento à escala global que originasse tamanho efeito devastador na sociedade.
Não é o momento até porque, temos assistido em Portugal, a uma exemplar acção dos dirigentes que vão gerindo com coragem e com a serenidade possível a situação mais grave de que alguém tem memória. António Costa, primeiro ministro (com toda a sua equipa) tem sido absolutamente exemplar. Genuíno. Um homem que também tem medo. Mas firme. Como também tem sido exemplar o Presidente da República. Como tem sido o meu Presidente da Câmara. Como tem sido a minha Delegada de Saúde.
Obviamente que existirão algumas questões que suscitam duvidas. Mas, não nos esqueçamos, que diariamente têm de ser tomadas decisões que vão muito para além da competência política que é exigida aos governantes. Decisões essas que são tomadas com base nas opiniões e relatórios técnicos de profissionais que, estando a “dar-tudo-o-que-têm”, também extravasam por vezes aquilo que lhes seria exigível. Técnica e deontologicamente.
Desse modo, apelo a que todos confiemos nas nossas lideranças.
Neste momento não há o partido do vírus e o partido do não vírus. Por isso, principalmente aqueles que têm alguma responsabilidade política e aos que de certa forma se considerem “opinion maker”, tentem não atrapalhar. Felizmente temos assistido também a meritórias posições por parte de alguns dos nossos dirigentes políticos. Rui Rio, por exemplo, confirmou aquilo que eu já conhecia: um homem sério, absolutamente genuíno e que se colocou ao lado do governo nesta guerra desigual e sem tréguas. Saibamos seguir o exemplo.
Não sei quando acabará esta história. Mas a história terá certamente um fim. A partir daqui nada mais será como dantes.
O problema do nosso vizinho é o nosso problema.
Estamos juntos. Estamos ON...
PNCS
Caldas de S. Jorge, 21 de março 2020
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