quinta-feira, 19 de novembro de 2015

É forçoso ser inventivo...

“Há vinte ou trinta anos descobri que a paisagem se iria transformar num campo de invenções. É forçoso ser inventivo, porque a paisagem do futuro é um mistério e a paisagem do passado não pode ser reconstruída”.

Bernard Lassus

domingo, 15 de novembro de 2015

Paris, 13 de Novembro


Paris, 13 de Novembro. 2015!
Atentado terrorista. EI...

Pois é.

Quando se comenta a grande "migração desta nossa Era", a grande "viagem" dos refugiados para a Europa,devemo-nos lembrar que:

- Não fogem da morte.
Não querem um nova ou melhor vida.
Vêm, simplesmente, à procura de "uma VIDA".

E nós, temos o dever, quanto mais não seja moral, de os tentar perceber e acolher.

Curvemo-nos, por ora, perante a memória de todas as vítimas do terrorismo: da França, da Europa e do Mundo.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

RMUE - Município de Santa Maria da Feira


Após a entrada em vigor da revisão do Plano Director Municipal de Santa Maria da Feira, foi hoje publicado, em Diário da República, o novo REGULAMENTO MUNICIPAL DE URBANIZAÇÃO E EDIFICAÇÃO (D.R. Aviso n. 11903/2015).

O novo RMUE, que entra em vigor na próxima segunda-feira, pretende ser o corolário de todas as inovações e alterações legislativas e regulamentares, designadamente da estratégia definida no âmbito do processo de revisão do PDM e do resultado da prática e da experiência acumuladas que tenha reflexo directo na paisagem urbana.

sábado, 3 de outubro de 2015

Conversas nas paisagens da diversidade urbana




“Por dentro da AMP” é um projecto que pretende debater a contemporaneidade urbana da Área Metropolitana do Porto (AMP).

Através de visitas-guiadas a lugares metropolitanos seleccionados, reflecte-se e questiona-se a ideia de um espaço coeso, compacto e centralizado no Porto, dando a conhecer a natureza diversa e complexa dos processos de transformação urbana e paisagens deles decorrentes.

“Sob a abrangência territorial da AMP e as temáticas mais reveladoras da explosão do urbano, a construção dos percursos interpela e provoca os intervenientes das instituições locais e da investigação urbanística que guiarão estas viagens metropolitanas”.

O primeiro encontro realizou-se, esta tarde, em Santa Maria da Feira.

Com um conjunto de investigadores e técnicos de alguns municípios da AMP (guiados por Ivo Oliveira, autor da tese de doutoramento “Revisões da Infraestrutura Viária Local: o reconhecimento do Lugar Público no Território Desruralizado e Extensamente Urbanizado de Santa Maria da Feira”) visitamos e conversamos sobre a questão da infraestrutura e urbanização em Santa Maria da Feira.

Reflectindo sobre alguns “fenómenos urbanos do território, iniciamos o percurso através da linha do Vouga entre a estação da “Vila da Feira” na sede do concelho, e a estação/apeadeiro de “Sampaio de Oleiros” (são assim denominadas).

A caminhar entre Oleiros e o Museu do Papel de Paços de Brandão fomos “trocando ideias” sobre a relação entre a indústria e o actual padrão territorial em que se destacam alguns loteamentos urbanos dos anos 70, 80 e 90 bem como as quintas e espaços verdes que resistem e contribuem para a manutenção do equilíbrio e dimensão urbana do território.

Percorremos depois, de autocarro, o eixo “Paços de Brandão-Lamas-Lourosa-Fiães” para reflexão sobre os principais fenómenos urbanos de Santa Maria da Feira, a industria corticeira, a sua relação com a estrutura urbana, a Estrada Nacional 1, as conexões a explorar ao nível transportes colectivos. Contemplamos também, por momentos, o Vale do Uíma e abordamos o papel do sistema hidrográfico e dos espaços agrícolas na caracterização da urbanização (os passadiços do Uíma tornar-se-ão, naturalmente, uma espécie de rede capilar que potenciará a relação entre o espaço urbano e o espaço natural).

De regresso a Santa Maria da Feira, percorremos ainda a EN 326 (passando pelo cruzamento com a EN 223, na Corga de Lobão) até Louredo, inflectindo aí em direcção aos limites entre Romariz e Guisande local onde pudemos “observar” o canal da A32 e tentar perceber as transformações resultantes da inserção das novas infraestruturas viárias e sua potencial relação com o desenvolvimento futuro do território local.

Tempo também para explorar a área envolvente às Termas de S. Jorge, sua relação com o Uíma e dar a conhecer o “cluster” nacional da industrial de puericultura.

Mesmo a finalizar, uma passagem pela “Estrada Real” e reflexão acerca do seu papel na história, a sua transformação e o seu potencial como referência urbana e turística da região.

Este projecto integra-se no âmbito da “ARQ OUT 2015” da Ordem dos Arquitectos (SRN): a celebração do Dia Mundial da Arquitectura é na primeira segunda-feira do mês de Outubro e tem nestes e noutras iniciativas o prolongamento das comemorações a todo o mês de Outubro.


PNCS, 03 de Outubro de 2015

domingo, 22 de março de 2015

JORGE PALMA


JORGE PALMA ao piano, na companhia do filho Vicente Palma e do acordeonista Gabriel Gomes (Sétima Legião), proporcionou-nos no Sábado, 21 de Março, um concerto memorável no cineteatro António Lamoso, em Santa Maria da Feira.

Integrado na tour acústica “íntimo”, Palma viajou pelos seus 40 anos de carreira.

Um espectáculo diferente. Um espectáculo único.

Excelente.

”...Enquanto houver estrada p´ra andar
a gente vai continuar...”





sábado, 7 de março de 2015

Lavam. Lavam tudo...

Lavam. Lavam tudo.
Lavam. As “lavadeiras” da minha terra lavam tudo. Lavam as roupas, as suas mágoas, as suas frustrações.

As “lavadeiras” da minha terra lavam a roupa suja, impregnada de secreções da sua pele, lançadas por rios de suor, causado por dias e dias sem descanso. Trabalho por vezes duro, por vezes sujo, outras vezes limpo. Debaixo do sol, por vezes, impiedoso do Verão, do vento agreste que todos os Invernos varre as ruas e recantos da nossa aldeia.

As “lavadeiras” da minha terra lavam as suas mágoas, oriundas das dificuldades e carências desta sociedade, cada vez mais sedenta de vil metal, cujos meses longos são repletos de indesejáveis surpresas, e qui ça de enormes carências para colmatar. As doenças batem à porta, sem apelo.

A noite cai. Escura, sem lume. Triste.

As “lavadeiras” da minha terra lavam as suas frustrações. Cumprindo o velho ritual, carregam grandes “bacias” de frustrações que depositam sobre as pedras gastas de tanto esfregar.

E lavam. Lavam tudo.
Lavam a roupa, as suas mágoas e as suas frustrações...

(2010, 27/01)

sexta-feira, 6 de março de 2015

2015 / Março


2015, Março.

Para que a amnésia, o esquecimento e o amadorismo não sejam a tónica dominante neste pequeno lugar chamado Portugal.

Novamente crónicas, pensamentos, desabafos. O registo de "certas confidências".

Vila Meã I Casa Rodrigo Marques

Na edição de Janeiro/Março 2003 da Revista Arquitectura & Construção, tive o privilégio de ver publicado um dos meus primeiros trabalhos profissionais realizado "a solo".


Talvez em breve, possa revisitar o meu amigo Rodrigo Marques, no seu retiro de fim-de-semana, lá no pequeno lugar de Vila Meã, pertinho do centro de Cerveira.