O Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) chumbou o projecto de construção do teleférico apresentado, no ano passado, pela Câmara Municipal de Gaia, junto daquele organismo tutelado pelo Ministério da Cultura.
Tal projecto, tinha como objectivo, estabelecer uma ligação entre a cota alta da cidade, nas imediações do jardim do Morro (onde se vislumbra uma paisagem fantástica sobre o Douro e o núcleo mais antigo do Porto) e a cota baixa da cidade, junto ao tabuleiro inferior da ponte D. Luís I, na marginal de Gaia.
Aparentemente, o IPPAR manifestou-se desfavorável no que diz respeito à localização da estação (cuja estrutura teria uma atura aproximada de 25 metros), bem como ao traçado das escadas rolantes.
Entretanto, a Câmara de Gaia equaciona já a hipótese de apresentar uma proposta alternativa que possa, eventualmente, ser validada pelo IPPAR.
Este Projecto, traz-me à memória um pequeno esboço de intenções que elaborei, há uns anos, para a zona central da cidade de Feira.
De facto, além das obras de requalificação sugeridas para aquela zona da cidade, a enquadrar nas comemorações dos 500 Anos da Festa das Fogaceiras, sugeri a elaboração de um projecto que visava a ligação entre a cota baixa da cidade (Rossio/Vale do Cáster) e a cota alta, correspondente ao Castelo. Essa ligação seria efectuada através de um... teleférico.
Na altura, considerei que esse (eventual) emblemático projecto, poderia funcionar como um factor de atractividade ao centro da cidade e, ao mesmo tempo, fazer com que o Castelo fosse, de uma vez por todas, inserido na lógica da vivencial da cidade. No fundo, que fosse mais fácil lá chegar...
Tal obra, proporcionaria ainda, uma vista diferente sobre a cidade. Uma nova referência.
Quem sabe se um dia...
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