quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Sem título




O que, às vezes, se passa "por aí"...

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

"Réquiem" pelas Árvores

Muitas das terras e lugares do nosso país, são caracterizadas, entre outros singulares adjectivos, pelas suas bordaduras de árvores de sombra e maciços arbóreos ou arbustivos, que lhes conferem um encanto especial e as distinguem de outras paragens.

Quem não aprecia aqueles lugares que, numa qualquer tarde de Verão, nos proporcionam agradáveis sensações de frescura e de relaxamento associadas aos raios de luminosidade que, de quando em vez, teimam em ser filtrados por essas frondosas massas verdes.

Ficam geralmente na memória algumas das belas estradas Ribatejanas, as da zona do Buçaco ou as zonas envolventes de algumas estâncias termais do nosso país.

A esse nível, tenho ainda bem presente na memória, o centro deste emocionante espaço territorial que se chama Caldas de S. Jorge.

Quer se queira, quer não queira, esta vila e, principalmente a sua zona central, é conhecida e apreciada não só pelas termas, pelo rio, pelo ilha, pelo parque infantil, pelas pessoas, mas também, e acima de tudo, pelo conjunto que elas formam.

Por isso, fico sem entender as acções que determinadas pessoas ou entidades estão a levar a cabo em todo este nosso património natural.

As denominadas podas cirúrgicas, o desbaste e o abate abusivo com que estão a brindar a paisagem e as árvores existentes no centro da nossa vila é, a todos os níveis, incompreensível. Só quem não conhece a história e a memória do local se lembraria de cometer tal “leviandade”.

A minha e muitas outras gerações cresceram à sombra dos velhos plátanos do parque. E é essa memória colectiva que não podemos deixar que nos retirem. Pelo menos isso.

Por outro lado, gostaria que alguns iluminados me explicassem se é este o contributo que querem dar a Caldas de S. Jorge, se é desbaratando as coisas que esta terra tem de melhor que conseguirão a famosa “visibilidade” que tanto procuram.

Costuma dizer-se em alguns círculos que “...É melhor não mexer. Pelo menos não se estraga...”. E essa frase tem, neste caso específico, uma pertinência tremenda.

Se do ponto de vista emocional, estas acções são altamente criticáveis, do ponto de vista ambiental, a coisa está então, longe de ser considerada como uma boa e razoável prática.

As violentas podas, consideram-se, absolutamente inadequadas. E os agora irremediáveis abates de cedros ou ciprestes completamente reprováveis.

Suporte técnico para cometer tais acções?

Está longe (muito longe) de consenso, mesmo na comunidade especialista na matéria, que estas acções possuam algum benefício. Pelo contrário, podem acelerar drasticamente o processo de envelhecimento das espécies arbóreas, ou mesmo desvirtuá-las da sua forma natural. Irremediavelmente.

No que diz respeito ao abate de outras espécies, pelo menos poderiam ter tido a ousadia de pensar... Pensar em replantar essas espécies num local que não lhes “obstruísse” a passagem.

Ou muito me engano, ou as coisas, por estas bandas, andam a ficar um pouquinho esquisitas...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Breve Nota sobre "foi há 5 anos..."



Às vezes, importa agradecer aqueles que, ao longo dos tempos, nos ajudaram (ou ajudam) a crescer. Pessoal e profissionalmente.
Há dias, quando "postei" sobre a passagem dos 5 anos da publicação na revista Arquitectura & Construção da Casa Rodrigo Marques em Cerveira, não referi um aspecto: a equipa.
De facto "a equipa" foi fundamental para o resultado que se alcançou.
Em primeiro lugar, o Rodrigo Marques, portuense de gema, homem de um incrivel bom trato, muito brithish, culto, estudioso, exigente, pragmático.
Depois o meu amigo Paulo Macedo, Engenheiro Civil de altíssima qualidade, um Homem que nunca está mal disposto, um técnico sempre disponível.
Ainda o amigo Américo Almeida, desenhador, autodiacta por excelência aos mais diversos níveis.
(estes dois, dos tempos da Arquifeira, essa pequena escola prática do projecto e da construção).
Por fim, todos os trabalhadores que por lá passaram (pela obra). Não é fácil quando estamos a quase 150km de distância.
Mas... quando a equipa é boa... a obra aparece.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Quem sabe se um dia...

O Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) chumbou o projecto de construção do teleférico apresentado, no ano passado, pela Câmara Municipal de Gaia, junto daquele organismo tutelado pelo Ministério da Cultura.

Tal projecto, tinha como objectivo, estabelecer uma ligação entre a cota alta da cidade, nas imediações do jardim do Morro (onde se vislumbra uma paisagem fantástica sobre o Douro e o núcleo mais antigo do Porto) e a cota baixa da cidade, junto ao tabuleiro inferior da ponte D. Luís I, na marginal de Gaia.

Aparentemente, o IPPAR manifestou-se desfavorável no que diz respeito à localização da estação (cuja estrutura teria uma atura aproximada de 25 metros), bem como ao traçado das escadas rolantes.

Entretanto, a Câmara de Gaia equaciona já a hipótese de apresentar uma proposta alternativa que possa, eventualmente, ser validada pelo IPPAR.


Este Projecto, traz-me à memória um pequeno esboço de intenções que elaborei, há uns anos, para a zona central da cidade de Feira.

De facto, além das obras de requalificação sugeridas para aquela zona da cidade, a enquadrar nas comemorações dos 500 Anos da Festa das Fogaceiras, sugeri a elaboração de um projecto que visava a ligação entre a cota baixa da cidade (Rossio/Vale do Cáster) e a cota alta, correspondente ao Castelo. Essa ligação seria efectuada através de um... teleférico.

Na altura, considerei que esse (eventual) emblemático projecto, poderia funcionar como um factor de atractividade ao centro da cidade e, ao mesmo tempo, fazer com que o Castelo fosse, de uma vez por todas, inserido na lógica da vivencial da cidade. No fundo, que fosse mais fácil lá chegar...

Tal obra, proporcionaria ainda, uma vista diferente sobre a cidade. Uma nova referência.

Quem sabe se um dia...