Por estes dias, cumpre-se um ano desde que, contrariando a “zona
de conforto”, abracei o desafio de contribuir para pensar o desenvolvimento e
renovação de um “velho território” conhecido.
Espinho, cidade onde há quase 30 anos aprendi arte e design,
cidade onde estudei música, cidade da minha juventude e onde fiz muitos amigos.
Terra onde vivi cerca de dois anos.
Não tinha, pois, como rejeitar o desafio de aí regressar.
Agora profissionalmente.
Estando a representar uma experiência absorvente, mas extraordinariamente
enriquecedora, este último ano permitiu renovar a esperança de que, nas nossas vidas, é sempre possível fazer mais. Mesmo com pouco, é possível contribuir
para a melhoria da qualidade de vida dos outros.
Encontrei, em certa medida, um “território” descrente, estruturalmente
desequilibrado, com inúmeras debilidades. Mas também encontrei um território
com condições absolutamente excepcionais, um verdadeiro diamante por lapidar. Com
gente que merece uma renovada esperança. Gente com quem se possa estar, dialogar e acompanhar.
Nesta ainda curta, mas produtiva aventura, tenho conhecido
pessoas extraordinárias, que me receberam de braços abertos. Como se fosse um
entre os demais. É assim Espinho.
Agradeço, por isso, a todos os colegas e principalmente ao
Miguel que, estou certo, marcará indelevelmente, a história daquela terra.
O futuro será sempre uma incógnita… nesta ou naquela terra. Não
somos de um só sítio, de um só lugar…
Mas, enquanto o valor do tempo for dominante, continuarei, naturalmente,
a alimentar “o sonho e o desafio da irreversibilidade D’ Espinho”.
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