sexta-feira, 22 de maio de 2020

Desconfinamento




Desde o início desta guerra (já passaram mais de 2 meses), tenho procurado relativizar posições e acções de muitos que, tendo opinião divergente da minha, foram debitando críticas sobre quem tinha a missão de decidir pressionado sob uma quase implacável realidade por todos desconhecida.

Mas as coisas foram serenando. Dia após dia, semana após semana, o país foi controlando o inimigo e demonstrando que afinal de contas, o SNS funciona, os números do excel de alguns não se vaticinaram, enfim… o país afinal não ruiu…

Claro está que, pelo meio (é justo reconhecer), a generalidade dos portugueses, soube, de uma forma absolutamente exemplar, demonstrar o civismo e a confiança necessária para ajudar ao sucesso no combate à COVID-19.

Após aquela que considero uma “jornada exemplar” dos portugueses, incluindo os nossos líderes, eis que chegou o inevitável e desejável tempo de desconfinamento.
Desconfinamento, que será o mesmo que dizer “libertação de situação ou estado de confinamento ou isolamento”...

É pois, neste contexto que nos encontramos, inevitável e necessário apelar a todos, sem excepção, que sendo desejável uma crescente confiança no regresso à vida social e profissional, importa continuar com um redobrado cuidado na forma como nos relacionamos e vivemos.

O que tenho assistido nos últimos dias na rua, não me deixa tranquilo. Muitos são aqueles que, contrariando o estipulado pela DGS e autoridades, vêm participando em acções e ajuntamentos sem qualquer tipo de reservas ou cuidados. Sem máscara social, sem etiqueta respiratória, sem preocupações com o distanciamento social mínimo… sem qualquer cuidado e respeito por si e pelos outros.

Meus caros: a guerra ainda não acabou. Ainda nem sequer chegou a meio. É pois imperioso não desmobilizar. O apelo é para todos. Porque todos somos importantes.

Retome-se o trabalho. Retome-se o convívio. Retome-se o sorriso.
Retome-se pois, a vida, mas sem desbaratar o importante sacrifício e contributo para Portugal que, distintamente e em conjunto, soubemos construir.

Protejam-se. Protejam-se sempre. Protejamo-nos todos.


PNCS
Caldas de S. Jorge, 22 de Maio de 2020

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